O Movimento Nacional da Sociedade Civil procedeu à entrega de roupas usadas às populações da aldeia de Binhal, setor de Empada, região de Quínara, no sul da Guiné-Bissau, vítimas de um incêndio.

O incêndio na aldeia de Binhal ocorreu no dia 15 de abril deste ano, ceifando completamente oito casas, sem que os habitantes tivessem a oportunidade de retirar os seus bens. Segundo relatos, o incêndio resultou de ações de crianças que estavam a assar castanhas de cajú e que, a dada altura, não conseguiram controlar o fogo que acabou por atingir uma das casas cujo telhado era feito de palha, espalhando-se por outras casas.

Na sequência do incidente que consumiu as oito casas e destruiu bens materiais, cerca de 50 famílias ficaram sem teto. Um grupo de filhos e amigos do setor de Empada criou o movimento com slogan “Binhal tene casabi! Binhal tene djintis” com o propósito de mobilizar apoios materiais e roupas usadas para as populações vítimas do incêndio.   

O secretário do Movimento da Sociedade Civil, Mamadi Queluntam Indjai, disse que a sua organização trabalha em prol do desenvolvimento da população e do país, por isso apela às pessoas de boa vontade para ajudarem a população de Binhal que está a precisar de todo o tipo de apoio neste momento.

Aproveitou a ocasião para pedir mais ajuda, sobretudo em materiais de reconstrução das casas, materiais para a horticultura e de lavoura.

O presidente da Comissão de mobilização de apoios para as vítimas do incêndio, Arlete Mendes Pereira, contou que enviaram cartas de pedido de apoio a diferentes organizações não governamentais e instituições públicas, e aguardam pacientemente as respostas.

Explicou que até ao momento receberam apoios da Secretária de Estado da Gestão hospitalar e do Movimento Nacional da Sociedade Civil, tendo assegurado que estão esperançados que receberão apoios de outras instituições que demonstraram a vontade de ajudar.

“Estamos a aproximarmo-nos da época chuvosa e se não fizermos nada para socorrer aquela população, certamente vaicontinuar a sofrer”, alertou.

Por: Noemi Nhanguan