O presidente do Partido Republicano da Independência para o Desenvolvimento (PRID), disse que em três dias da campanha eleitoral, alguns líderes políticos começaram a convidar os eleitores a votarem etnicamente nos partidos que têm maioritariamente uma certa etnia, tendo assegurado que na base desta política de separação étnica torna-se difícil construir a Guiné-Bissau.
Afonso Té fez estas críticas esta terça-feira, 16 de maio de 2023, durante uma conferência de imprensa para apresentar o seu programa eleitoral denominado “Djitu Tem”, que assenta em cinco pilares desdobrado numa série de ações a curto e médio prazo, que servirá de trampolim para um desenvolvimento durável da economia nacional.
O político assegurou que caso o seu partido vença as legislativas, vai repensar o sistema da governação, sobretudo no que concerne ao organograma e número de pastas ministeriais, porque o número de membros do governo é enorme e acaba por criar muitas dificuldades ao Estado.
Garantiu que se vencer o escrutínio vai colocar toda a sua energia a disposição do país, como também contará com a competência de todos os guineenses para a execução dos objetivos traçados, de forma a construir sinergias para fazer face à situação da miséria que a maioria da população enfrenta. E acrescentou que 62 por cento da população guineense é pobre e que 20 por centos vive em extrema pobreza.
“O nosso programa assenta em cinco pilares desdobrados numa série de ações a curto e médio prazo que vão servir de trampolim para um desenvolvimento durável da nossa economia. O primeiro pilar é a consolidação das instituições e garante da Constituição da República, de uma sociedade justa baseada no trabalho e no mérito; a segundo, forjar uma sociedade civil ativa, responsável e engajada; o terceiro é trabalhar para a industrialização de uma economia competitiva, durável e justa; o quarto é fornecer à população serviços sociais a altura das suas expetativas e necessidades e o quinto consiste em fazer dos jovens e mulheres uma verdadeira vantagem para o futuro”, contou.
“Pode imaginar que um indivíduo na Guiné-Bissau que faz 12 anos de escolaridade, começando da pré-escolar até ao décimo segundo ano, não consegue escrever uma redação de três linhas em português. Isso é grave e perigoso para o país. Assim é preciso mudar o sistema do ensino guineense para que possamos competir com os outros países da sub-região e do mundo” referiu, avançando que o seu partido é o único que pode mudar ou resolver essa situação através da implementação de uma política séria para o setor da educação.
Por: Aguinaldo Ampa