Três atletas guineenses de luta livre representam a Guiné-Bissau no Campeonato Africano de Luta na cidade de Hammamet, Tunísia.
O campeonato decorre entre os dias 15 e 21 de maio do ano em curso. Trata-se de Diamantino Luna Fafé de 57 kg, Bacar Midana de 74 kg e Caetano António Sá de 79 kg.
Luna Fafé conseguiu marcar presença na prova, graças à bolsa da solidariedade olímpica, uma vez que se trata de um atleta bolseiro, e o Midana e António Sá só conseguiram deslocar-se a Tunísia graças ao apoio do Comité Olimpico da Guiné-Bissau.
Para além dos três atletas guineenses de luta livre, a comitiva nacional conta com um técnico que dá auxílio aos três atletas nacionais durante a prova.
A informação foi transmitida esta terça-feira, 16 de maio de 2023, à secção desportiva do Jornal O Democrata, pelo próprio presidente da Federação de Luta da Guiné-Bissau, João Bernardino Soares da Gama, na qual revelou que a instituição federativa pretendia participar com mais atletas, mas devido a questões financeiras não foi possível.
“Posso confirmar que temos três atletas e um treinador a participar no Campeonato Africano de Luta que iniciou esta segunda-feira, 15 de maio, na cidade de Hammamet. Foi nessa cidade que foi organizada a competição para acesso aos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 e os nossos atletas, na altura Augusto Midana e Diamantino Luna Fafé acabaram por alcançar a qualificação”, disse.
“Queremos participar com maior número de atletas na prova, porque temos a possibilidade de conseguir maior número de medalhas na nossa participação, mas devido a falta de apoios não foi possível, explicou acrescentando que os dois atletas e o treinador conseguiram viajar graças ao apoio do Comité Olímpico e o outro atleta conseguiu viajar graças a solidariedade olímpica”.
Embora lamente a falta de apoios, Bernardino Soares da Gama acredita ainda que é possível os restantes atletas deslocarem-se à Tunísia para tomar parte neste certame internacional da modalidade.
Soares da Gama mostrou-se optimista que a Guiné-Bissau mais vez vai conseguir subir ao pódio, alcançando mais um vez a medalha. “Beneficiamos da assistência técnica de um treinador do centro de alto rendimento de nacionalidade cubana que trabalhou com os nossos atletas, portanto mais um mês de preparação continuamos a acreditar que podemos chegar ao pódio”, acrescentou.
O presidente da Federação de Luta deposita maior confiança no atleta Diamantino Luna Fafé, mas acredita também que Bacar Midana e Caetano António Sá podem alcançar as medalhas nesta prova africana.
Segundo a explicação de Bernardino Soares da Gama, apesar da competição ter iniciado no princípio desta semana, os atletas nacionais apenas vão competir entre os dias 19 ou 20 do mês em curso.
No último Campeonato Africano de Luta em 2022, que decorreu em Marrocos, a Guiné-Bissau conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze, graças a proeza de Mbundé Cumba Mbali, na categoria de 65 quilogramas (kg) e Bacar Midana, 70 kg. A medalha de bronze foi conquistada por Diamantino Fafe, na categoria de 57 kg.
A Federação de Luta da Guiné-Bissau (FLGB), uma das modalidades desportivas com maiores proezas nas competições internacionais, tem lamentado a falta de apoio financeiro das autoridades governativas e queixa-se de ter sido abandonado pelo executivo.
O organismo tem participado em diferentes competições internacionais de Luta Livre, com destaque para o Campeonato Africano e Mundial da modalidade, com apoio do Comité Olímpico nacional e de parceiros internacionais.
Por: Alison Cabral
