A secretária executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE) lamentou a violação do período de reflexão iniciado à meia noite deste sábado. Contudo disse não ter informação sobre um evento específico que configurasse a violação do período de reflexão, mas a ter acontecido “a CNE lamenta e garante tomar medidas para corrigir a situação”.
“Temos delegados em todo o território nacional a monitorizar o processo. Estamos a ser informados de forma empírica, não temos meios tecnológicos para detetar essas anomalias. Garanto-vos que os nossos delegados estão a fazer o seu trabalho e que fique claro que as consequências jurídicas desses atos estão previstas na lei “, afirmou.
O Partido da Renovação Social denunciou, ontem, sexta-feira, 02 de junho de 2023, que não tinha recebido crachás para os seus delegados às assembleias de voto.
Questionado sobre o que está a acontecer, Felisberta Moura Vaz disse não ter informações, apenas recebeu alguma reclamação concernente à demora na entrega de livre trânsito.
“Está cá o representante do PRS. Falamos ontem e informamos os representantes que os livre trânsito não estavam disponíveis e que o assunto estava a ser tratado a nível do comando conjunto de asseguração das eleições, no Comissariado Nacional da Polícia da Ordem Pública”, esclareceu.
CNE CONVIDA OS ELEITORES A DAREM PROVAS DA SUA MATURIDADE CÍVICA E POLÍTICA
Em mensagem lida pela secretária executiva adjunta e porta-voz da Comissão Nacional (CNE), Felizberta Moura Vaz, a instituição que organiza as eleições nacionais convida os eleitores a darem prova da sua maturidade cívica e política no dia da votação.
Enfatizou que o momento convoca todos a uma reflexão profunda e a um exame de consciência sobre os seus atos e as responsabilidades que pendem sobre todos, enquanto administradores eleitorais, membros das assembleias de voto, fiscais, dirigentes, militantes, simpatizantes, apoiantes dos partidos e coligações de partidos políticos concorrentes, enquanto observadores que irão acompanhar e fiscalizar passo a passo, estas eleições legislativas.
“O apuramento dos resultados eleitorais depende apenas da contagem dos votos validamente expressos nas mesas de voto, contabilizados nas assembleias de voto, na presença de todos os interessados e em estrito cumprimento da lei eleitoral”, lembrou, acrescentando que os resultados apurados são transcritos em atas síntese,assinadas pelas principais partes interessadas- membros da mesa e delegados de listas (fiscais dos partidos políticos às mesas), pois “são essas as garantias legais da transparência e que impossibilitam, de forma inequívoca, contrariar a vontade popular”.
A porta-voz da CNE alertou, na mesma mensagem, que é da competência exclusiva do órgão gestor das eleições divulgar os resultados do apuramento nos diversos órgãos de comunicação social.
“Vamos votar em consciência. O nosso voto deve ser claro, correto e certo, porque apenas os votos válidos produzem efeitos desejáveis no apuramento. Os votos nulos e brancos não têm valor nenhum para o apuramento, por isso façam um voto correto e certo”, aconselhou, para de seguida afirmar que a participação cívica e ordeira dos cidadãos na votação de domingo vai testemunhar a “vontade inabalável“ do povo, de construir uma Guiné-Bissau de todos e para todos.
Por: Filomeno Sambú