O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu esta quarta-feira, 14 de junho de 2023, as forças de defesa e segurança a manterem-se equidistantes dos atores políticos, neste período pós-eleitoral, e a criarem as condições para que os vencedores das legislativas de 04 de junho governem.

Assegurou que pode coabitar com o governo de PAI-Terra Ranka para a governação do país, desde que cada qual conheça os limites das suas ações e atribuições que a Constituição da República lhe dá.

O chefe de Estado fez essas observações depois da visita às instalações do ministério do Interior. Sissoco Embaló elogiou as forças de segurança pela sua atuação durante o processo eleitoral, destacando que “as legislativas de 04 de junho ficarão na memória, tanto do povo como da comunidade internacional, por terem decorrido de uma forma ordeira, sem vandalismo”. 

“Essa atitude revela a capacidade de segurança e de manutenção da paz dos agentes das forças de segurança”, disse.

“Temos que criar as condições para a estabilidade do nosso país. O 1 de fevereiro não se repetirá. Vocês não servem os homens, mas sim a nação guineense e não devem associar-se aos políticos. Vamos criar toda a estabilidade necessária para assegurar o período pós-eleitoral, mas isso exige de vós uma vigilância contínua durante este período”, disse. 

Realçou que deve haver respeito hierárquico nas funções de defesa e segurança e o respeito pelo regulamento disciplinar policial e militar e pediu mais performance aos agentes de defesa e segurança.  

“Hoje as nossas forças de defesa e segurança são autónomas em termos operacionais”, enfatizou. 

O Presidente Sissoco convidou os atores políticos da próxima governação a contribuírem para um clima de paz e que os opositores façam uma oposição responsável pela estabilidade do país, para que possa alcançar o desenvolvimento. Aos jornalistas pediu que passem mensagens que promovam a paz.

Por sua vez, o vice-primeiro-ministro, ministro do Interior e da Ordem Pública, Soares Sambú, afirmou que durante as eleições legislativas não foram registadas irregularidades cometidas pelas forças de segurança  no asseguramento do escrutínio.

“Foram imparciais e desempenharam um papel equitativo com todos os partidos políticos concorrentes às eleições legislativas”, afirmou e disse que “prestaram de uma forma ímpar o seu papel”.

Por: Epifânia Mendonça

Foto: Cortesia da Presidência da República