Conselho de mediação: DESAFIOS HUMANITÁRIOS E SOCIOECONÓMICOS EXIGEM DA CEDEAO SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS

O presidente do Conselho de Mediação e Segurança a Nível Embaixadores dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e embaixador da Guiné-Bissau na República Federal da Nigéria, João Ribeiro Butiam Có, afirmou que os desafios humanitários e socioeconómicos da região exigem uma abordagem coletiva para a criação de soluções sustentáveis que levem a ações concretas e resultados impactantes.

“As deliberações de hoje irão, em grande parte, centrar-se nas dificuldades na implementação de transições políticas, na necessidade de estabelecer ou continuar missões de estabilização em certos Estados Membros, na necessidade de operacionalizar uma Força de Alerta da CEDEAO capaz de intervir quando necessário e combater o terrorismo que tem sido um flagelo em certas partes da região”, assegurou o embaixador guineense durante o seu discurso de abertura da 38ª sessão ordinária do Conselho de mediação e segurança a nível de Embaixadores, realizado na manhã desta sexta-feira, 16 de junho, em Abuja, capital da Nigéria.

A Comissão da CEDEAO realizou hoje a trigésima oitava sessão ordinária do Conselho de Mediação e Segurança na qual se debruçou sobre a situação de paz e segurança na região, transições políticas e governação democrática, operacionalização da Força de Alerta da CEDEAO, Missões de Estabilização da CEDEAO, situações humanitárias, branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e atualização sobre o estado de implementação dos Centros Nacionais de Alerta Precoce.

A reunião serviu igualmente para analisar a consideração de relatórios apresentados, bem como um “briefing” sobre a revisão do Protocolo Suplementar de 2001 sobre a Democracia e Boa Governança.

Na sua intervenção o presidente do Conselho de Mediação e Segurança a Nível Embaixador, João Ribeiro Butiam Có, exortou os seus homólogos embaixadores presentes na reunião que a principal responsabilidade do conselho é refletir e contribuir em questões relacionadas com a paz e segurança sub-regionais, e assuntos relacionados com a democracia e boa governação na região.

Butiam Có, que também é representante permanente da Guiné-Bissau junto da CEDEAO, encorajou os membros do conselho a participar em iniciativas de mediação de crises e na promoção da diplomacia preventiva para contribuir significativamente para uma democracia estável e boa governação.

Para o Comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da Comissão da CEDEAO, o ganense, Abdel-Fatau Musah, a região tem estado relativamente estável na cena política que. Segundo a sua explanação, essa estabilidade política está evidenciada pelos sucessos registados nos processos eleitorais na Nigéria, Benim e Guiné-Bissau.

Assegurou que as transições democráticas em Burkina Faso, Mali e Guiné-Conacri estão em andamento, apesar dos desafios, acrescentando que a insegurança e a insurgência estão sendo abordadas pelo órgão regional.  

Musah exortou os membros do conselho a deliberarem exaustivamente sobre a agenda da reunião para propor recomendações concretas que ajudem a fortalecer a paz, a segurança, a estabilidade e boa governança na região.

Refira-se que a Guiné-Bissau preside a Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO desde julho de 2022. A CEDEAO é uma organização sub-regional criada a 28 de maio de 1975, em Lagos, antiga capital da Nigéria e está constituída por 15 países, designadamente: Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo.

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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