A Liga Guineense dos Direitos Humanos denunciou esta terça-feira, 27 de junho de 2023, o rapto e espancamento do cidadão nacional, Amadu Ula Embaló, por indivíduos ainda por identificar.

“A Liga Guineense dos Direitos Humanos recebeu e registou a denúncia do rapto e espancamento do cidadão nacional Amadu Ula Embaló, no dia 26 de Junho do ano em curso, perpetrado, mais uma vez, por indivíduos ainda por identificar” escreveu a organização na sua página oficial no Facebook,  na qual pode ler-se que esta sequência “interminável dos atos de raptos e espancamentos de cidadãos por indivíduos nunca identificados, perante o olhar impotente e impune das autoridades policiais do país”, tem deixado os guineenses com sentimento de insegurança sem precedente na história recente do país. 

A liga lembra que todos os casos de rapto têm tido como denominador comum, as críticas ao regime político vigente na Guiné-Bissau. 

“Com efeito, a conclusão lógica da motivação do grupo de raptores que tem atormentado a vida dos cidadãos é silenciar as vozes críticas ao regime instalado. Aliás,  o silêncio das autoridades nacionais perante os sucessivos atos terroristas de espancamento de cidadãos, constitui uma confissão de patrocínio moral dos mesmos” acusou a organização.  

Neste sentido, a Direção Nacional da Liga condena aquilo que considera mais um ato de violência gratuita contra um cidadão indefeso e exigiu do governo e dos órgãos da polícia criminal a urgente identificação e tradução à justiça dos membros desse esquadrão de repressão que tem aterrorizado os cidadãos nos últimos anos.

A organização não só manifestou a solidariedade para com o cidadão Amadu Ula Embaló e a sua família, mas também responsabilizou o estado da Guiné-Bissau pela autoria moral dos sucessivos atos terroristas contra cidadãos indefesos.

Por: Tiago Seide 

Foto: LGDH