O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e da Coligação “PAI-Terra Ranka”, Domingos Simões Pereira, disse que a coligação vai formar um governo de inclusão para dirigir o país nos próximos quatro anos com o propósito de garantir a paz e estabilidade social e governativa aos guineenses.
“Defendemos um governo de inclusão como forma de garantir a paz, a estabilidade social e governativa, por isso, os partidos declarados perdedores vão ser convidados para a governação do país, porque são guineenses que igualmente aspiram o desenvolvimento da Guiné-Bissau”, afirmou.
O político falava no sábado, 15 de julho de 2023, em Luxemburgo, à diáspora guineense na Europa em gesto de agradecimento aos eleitores pela vitória eleitoral da Coligação.
A Coligação da Plataforma Inclusiva – “Terra RANKA” formada por cinco partidos políticos, PAIGC, UM, PCD, PSD e MDG, foi o vencedor das eleições legislativas realizadas a 04 de junho do ano em curso, com a maioria absoluta, ou seja, conseguiu 54 mandatos, do total de 102, que constituem o hemiciclo da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.
O MADEM ficou na segunda posição com 29 mandatos, PRS 12 mandatos, PTG 6 mandatos e APU-PDGB tem apenas um (01) mandato.
Falando para os apoiantes da coligação na diáspora, Simões Pereira aproveitou a ocasião para responder algumas questões levantadas nos bastidores sobre a sua participação no governo ou do lugar que vai ocupar no futuro Parlamento.
Pereira explicou que qualquer função que venha a desempenhar no futuro governo ou mesmo estando fora do mesmo, será ele politicamente responsável pela governação do país nos próximos quatro anos.
“A questão frequente que circula neste momento entre os guineenses é saber se Domingos vai ser primeiro-ministro, se vai presidir o Parlamento? Ou se fará ou não, parte do governo? Prefere a Presidência da República, entre outras imaginações… Perante todo esse exercício de ideias, o que me interessa, em primeiro lugar, é corresponder às expetativas do povo guineense”, assegurou, sem avançar pormenores sobre o assunto.
“Fomos vítimas de maus tratos na governação deles! Não podemos fazer o mesmo para com eles”, assegurou o político.
Domingos Simões Pereira afirmou que está disposto a ser-lhe exigido pelos guineenses se desviar das ideias que convenceram os eleitores a votarem no programa eleitoral da Coligação PAI “TERRA RANKA”.
Refira-se que as autoridades nacionais agendaram a investidura de novos deputados para o dia 27 de julho.
Entretanto, a formação do governo será depois da posse dos deputados.
Por: Assana Sambú