O diretor-geral da Migração e Fronteiras, Lino Leal da Silva, afirmou esta quarta-feira, 26 de julho de 2023, que as onze crianças que viajaram para Lisboa (Portugal) acompanhadas de uma mulher, cidadã guineense, estão devidamente legais, com respetivos documentos e alguns com nacionalidade portuguesa e dupla nacionalidade espanhola, acrescentando que apenas uma delas tem a nacionalidade guineense.
Este responsável reagia assim, à informação veiculada pela Agência Lusa, que citou um comunicado do Serviço de Estrangeiros de Fronteiras (SEF) de Portugal, que dizia que 11 crianças acompanhadas de uma cidadã nacionalentraram em Lisboa de forma ilegal.
Lino Leal da Silva informou, na conferência de imprensa, que o inspetor do SEF da Transportadora Aérea Portuguesa (TAP), Paulo Torres, fez controlo de vistos e algumas irregularidades nos passaportes dos passageiros, antes da descolagem do avião.
Assegurou que o Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira da Guiné-Bissau está devidamente controlado e ninguém pode embarcar ou viajar de maneira ilegal.
O diretor-geral da Migração e Fronteira disse que as crianças estavam devidamente legais para viajar, por isso “não há nada que possa impedir aquelas crianças de viajarem para Lisboa, uma vez que os próprios pais assinaram a autorização de saída daqueles menores e os seus documentos de viagem foram autorizados pela Curadoria de menores de família do Tribunal regional de Bissau, estando assim devidamente legais para viajarem sem problemas”.
“Temos homens capacitados, prontos e à altura para responder às necessidades no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, apesar de algumas dificuldades nos aparelhos instalados. A Guiné-Bissau está muito bem controlada em termos das fronteiras, quer marítimas, aérea e terrestres, de maneira que não podemos deixar que as pessoas cheguem à Europa por vias alheias e de tráfico de drogas, de seres humanos e outros tipos de crimes transnacionais”, sublinhou.
Questionado sobre a situação dos estrangeiros que viajam com documentos da Guiné-Bissau, Lino Leal da Silva disse que aquela situação já se reduziu bastante, devido ao trabalho levado a cabo pela sua direção, tendo admitido que “não é um assunto fácil de combater”.
Por: Aguinaldo Ampa