O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, enalteceu a coragem e bravura do General Horta Inta-A, enquanto comandante do batalhão da Presidência da República e do General Tomás Djassi, Comissário da Polícia de Ordem Pública, durante a operação contra os assaltantes do Palácio do Governo, no dia 01 de fevereiro de 2022.
“Estes dois são oficiais valentes dos quais a República continua a precisar. Estão de parabéns e são o orgulho de toda a classe castrense. Agora têm uma responsabilidade mais acrescida, porque se fala agora do Chefe de Estado-Maior Particular do Presidente da República, não estamos a referirmo-nos ao Comandante da Guarda Nacional. A mesma responsabilidade é para o Comandante da Segurança Presidencial”, disse o chefe de Estado, durante a cerimónia de investidura do Major General Horta Inta-A, chefe do Estado-Maior Particular do Presidente da República e do Major General Tomás Djassi, Comandante de Segurança Presidencial.
O Presidente da República nomeou no passado dia 01 de setembro de 2023, o Major General Horta Inta-A, seu chefe do Estado-Maior Particular, bem como o Major General Tomás Djassi, Comandante da Segurança Presidencial. Essas nomeações aconteceram um dia após estes dois oficiais generais terem sido exonerados das respetivas funções pelo governo.
O Presidente da República disse no seu discurso que seria uma vergonha para o exército se os marginais não organizados que assaltaram o Palácio do Governo consumissem as suas intenções.
“Seria sim, uma vergonha para vocês todos, mas conseguiram demonstrar mais vez a bravura e coragem “, assegurou, acrescentando que a estrutura constituída vai fazer a ponte entre a Presidência da República e o Estado-Maior General das Forças Armadas.
Embaló explicou que o chefe do Estado-Maior Particular do Presidente da República é uma estrutura que existe em todos os países, à semelhança do chefe de Casa Militar.
“Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas é o primeiro chefe operacional das Forças Armadas. Então, são duas coisas totalmente diferentes e até no nome. O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e o Chefe do Estado-Maior Particular do Presidente da República, são duas coisas diferentes. É uma pena para mim, quando o condutor tenta instruir um médico como deve fazer a cirurgia!” disse, para de seguida, avançar que na estruturação das forças armadas, cabe ao Presidente da República, nomear o seu chefe de Estado-Maior Particular que sirva de oficial de ligação entre a Presidência da República e o Estado-Maior General das Forças Armadas.
“O chefe de Estado-Maior Particular tem o papel de assistir o Presidente da República em tudo o que é matéria de defesa”, contou.
Questionado se se sente mais confortado com a nomeação de dois oficiais generais na estrutura de segurança da Presidência da República, disse que nunca se sentiu desconfortado, afirmando que não acontecerá mais outro “01 de fevereiro”. Frisou que o primeiro chefe dos militares é ele (Presidente da República) e depois é o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N’Tan.
“Qualquer ato ou ataque terá uma resposta adequada. Já passou 01 de fevereiro, mas não acontecerá mais 2 ou 3”, assegurou.
Interrogado se não sente medo com a situação que ocorre na sub-região em que os chefes da segurança presidencial é que lideram os golpes, respondeu o seguinte, “não vejo o General Tomás Djassi a assumir esses riscos. É verdade que agora está na moda, os comandantes da Guarda Presidencial é que fazem golpes, mas se o Tomás vier aventurar-se nesse caminho, vamos matarmo-nos com armas de fogo…”
“Vamos levar toda essa preocupação em consideração. Eu já sofri uma tentativa e creio que as pessoas que estiveram envolvidas naquele ato já têm noção do que lhes espera agora. Em todos os golpes que aconteceram na Guiné-Bissau os políticos estiveram sempre por detrás. Acredito que as pessoas não voltarão a cometer os erros de avaliação, porque qualquer ato de tentativa terá uma resposta adequada” alertou.
Por: Assana Sambú/Carolina Djemé