O secretário da Célula de Apoio à Gestão de Fundos ligados à COVID-19, Plácido Cardoso, defendeu esta terça-feira, 05 de setembro de 2023, a retoma das atividades de monitoramento e de sequenciação dos dados da Covid-19, para poder saber de tipos de variantes que existem no país e a testagem rápida e voluntária de forma a controlar a situação.
Plácido falava à margem da cerimónia da entrega de materiais adquiridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e financiados pelo Banco Islâmico do Desenvolvimento, no quadro de combate da pandemia da Covid-19 na Guiné-Bissau.
A OMS entregou nove viaturas, duas câmaras mortuárias e doze aparelhos de Raio X, que serão distribuídos de acordo com o plano de prioridade do ministério da saúde pública para melhor responder às necessidades da população.
Questionado sobre a situação da pandemia no país, Cardoso fez lembrar que a Cédula que dirige, sob tutela da Presidência da República, apenas faz a gestão dos fundos e os aspetos técnicos são da responsabilidade do Ministério de Saúde Pública.
Mostrou-se preocupado com a situação, visto que no mês de maio foram registados alguns casos da covid-19, através de testes rápidos, fato que deve encorajar haver um monitoramento da doença, tendo em conta que o Projeto de Vigilância Epidemiológica Comunitária está suspenso atualmente, por falta de recursos, mas assegurou que estão a ser mobilizados recursos junto do fundo mundial para que o projeto volte a dar seguimento de despistagem do vírus em todo o território nacional.
É da opinião que sejam reintegrados os técnicos de saúde suspensos, como também a formação e capacitação de forma a poderem lidar com os equipamentos oferecidos.
“Às vezes não é a falta de equipamentos, mas sim de técnicos para a sua instalação e utilização, o que leva muitos equipamentos a estragarem sem sequer serem montados”, realçou, para de seguida defender que o país precisa de um outro hospital, porque “a exigência da atualidade tem um outro quadro arquitetónico que o Simão Mendes não oferece”.
A representante Interina da Organização Mundial de Saúde (OMS), Kambire Chantal, afirmou que o governo da Guiné-Bissau beneficiou, do Banco Islâmico do Desenvolvimento e do Banco Africano do Desenvolvimento, de fundos para a gestão da Covid-19, cuja gestão foi confiada à OMS.
“Queremos agradecer às autoridades por nos terem confiado a gestão destes fundos, através do nosso escritório, para implementar o plano decidido para o país e que foi discutido com a OMS, para dizer que nós contribuímos oficialmente para a implementação da aquisição”, enfatizou.
Por: Epifânia Mendonça