LÍDER DO MSD DENUNCIA QUE ESTÁ A SER INTIMIDADA POR PR SISSOCO

A presidente do Movimento Social Democrata (MSD), Joana Cobde Nhanque, denunciou esta quinta-feira, 14 de dezembro de 2023, que está a ser intimidada pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

Joana Cobde Nhanca disse ter recebido um telefonema, a 08 deste mês, de um anónimo que a terá transmitido um recado do Presidente Sissoco, a aconselhá-la a desistir da política e deixar de defender a “outra parte”, porque “em nenhum momento beneficiará de nada”.  

Afirmou que a tentativa de intimidação vem na sequência da última declaração que fez, onde afirmou que a dissolução do Parlamento não tinha nada a ver com os acontecimentos de dia 30 de novembro e 01 de dezembro, que resultaram na perda de vidas humanas e “porque é que a ANP não foi dissolvida a 01 de fevereiro de 2022”.

“Quero perguntar ao chefe de Estado se algum dia sabe da minha existência”, indicou, tendo responsabilizado o Presidente da República por tudo que lhe vier a acontecer.

“Decidi fazer política por causa do sofrimento da população, principalmente dos cidadãos guineenses que vivem nas aldeias. A ideologia do nosso partido exige dizer a verdade, não mentiras. O principal papel de um opositor é defender os interesses da população”, afirmou e lamentou que, por causa de dinheiro, muitos opositores tenham assumido mentiras como pretexto para fazer a população continuar a sofrer.

A líder do MSD informou que, depois de receber a ligação do Presidente da República, o presidente do Conselho Nacional Africano, Ibarima Djaló “Obama”, deslocou-se à sua casa para suplicar que se juntasse à sua coligação com a finalidade de chegar ao poder.

“Aceitei, porque a ideologia do  meu partido é unir o povo e resgatar o país da situação em que se encontra”, enfatizou.

“Ibraima Djaló disse-me que não chamou Lesmes Monteiro, presidente do Partido Luz da Guiné-Bissau, nem Idrissa Djaló, presidente do Partido da Unidade Nacional, porque são aliados do Presidente da República. Se conseguíssemos unir à volta de uma coligação, poderíamos escolher quem seria candidato às eleições presidenciais que se avizinham, mas de repente assisti, através das redes sociais a sua declaração com outros partidos, isto é traição”, criticou.

Joana Nhanque disse que o presidente do Partido dos Trabalhadores Guineenses, Botche Candé, aconselhou um dos militantes do seu partido para alertar-lhe a suspender as críticas ao Presidente da República, porque “o poder deve estar perto de dinheiro e criar partido não é fácil”.

Alertou o PRS para continuar a preservar as ideologias do seu fundador, Kumba Yalá, por alguns dirigentes dos renovadores não terem assumido uma posição clara nesta crise.

Por: Noemi Nhanguan

Foto: N.N

Author: O DEMOCRATA

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