Figura da semana: SAMBALA KANUTÉ DISTINGUIDO COM O PRÉMIO “RENASCIMENTO AFRICANO” EM YAOUNDÉ

O músico guineense e embaixador do “Afro-Mandinga”, Sambala Kanuté, foi distinguido com o prémio “African Revival – Renascimento Africano”, durante a terceira Edição da Gala Pan-africanista Awards que decorreu de 11 a 16 do mês em curso, em Yaoundé, capital político dos Camarões.

Para além da música, no evento foram realizadas conferências animadas por grandes vozes da causa pan-africanista como a Nathalie Yamb, de escritores e poetas. A iniciativa, que visa descobrir as novas caras dos combatentes para a libertação das populações negras, serviu igualmente para a promoção de uma feira de exposição de produtos 100 porcento africanos.

“Lifante Garandi”, como é conhecido no mundo da música, disse num encontro com os jornalistas que o prémio “Renascimento Africano” que lhe foi atribuído, pela sua contribuição para a promoção da cultura africana, significa uma coisa muito grande para ele e para a Guiné-Bissau, em particular.

“Quando se entra no salão onde decorreu a gala, a primeira coisa quese vê são as fotografias dos líderes pan-africanistas que lutaram pela libertação do continente”, explicou.

Revelou que “os organizadores ficaram com a boa impressão minha e a minha atuação, por isso convidaram-me para atuar no concerto a ser realizado num estádio de futebol em Yaoundé, de forma a permitir que muitas pessoas assistam à minha atuação e ao concerto”.  

BIOGRAFIA

Sambala Kanuté nasceu em Bafatá, onde desde os oito anos de idade começou a tocar guitarra e balafon. Já tocava por ter crescido numa família “griot” e participado com os irmãos em grandes cerimónias tradicionais.

Em 1982 criou, junto com os irmãos e alguns amigos, o grupo musical “o Kanuté-Kunda”. Mais tarde seguiu a sua carreira a solo e a participar em projetos musicais não só nos dos irmãos, como também de outros artistas, como o falecido cantor Baciro Dabó.

Em 1988 gravou o tema “Só festa”, um dos temas mais ouvidos do final do ano. Em 1990, o músico atingiu o apogeu na produção e promoção da música afro mandinga, tornando-se como um dos melhores intérpretes deste estilo de música. Em 1995 gravou o seu primeiro álbum “Badin Tonomá”, que contou com a participação de Kaba Mané e Sékou Diabaté, um conceituado e conhecido músico da Guiné-Conacri.

Para além do Badin Tonomá, Sambala gravou cinco álbuns, nomeadamente “Silabá”, “Kontelá”, “Duniá”. Em 2018 gravou o KuteDjumbulu e em 2021 brindou os seus fãs com “Djali-Keba”.

Por: Assana Sambú

Author: O DEMOCRATA

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