[Edição n°552/ano XI, de 4 de janeiro de 2024] As tentativas da implementação dos sistemas políticos democráticos nos países africanos têm degenerado em futilidades sociais não democráticas. As futilidades sociais trazem sempre consigo revoltas nas democracias africanas. Mas, qualquer Especialista deRelações com os Media tem uma clara noção de como persuadir antecipadamente qualquer revolta sobre futilidade social num país africano democrático.
A persuasão é uma ferramenta essencial. Mas, não deve ser utilizada de uma forma violenta. Hoje, na relação de cidadão com os Media, não existem métodos arcaicos como os da Era de Hitler, que já estão ultrapassados. As técnicas de persuasão nos Media tradicionais são bastantes distintas dos condicionamentos coletivos nas Redes Sociais que procuram formatar os indivíduos no mercado de ideias para o consumo da futilidade política e social.
Os condicionalismos político, económico e social são bastantes poderosos na criação de uma ideia de futilidade na nossa classe política. Transforma, naturalmente, a mente dos nossos políticos, limitando as suas habilidades biológicas natas de pensar. Reduz drasticamente o nível e a qualidade do pensamento dos nossos políticos no mercado profissional da democracia. Um político icónico tem um pensamento limitado às preocupações materiais e futilidades sociais. Nunca terá uma visão de discernimento epistémico que regulam os sistemas de democraciasmultipartidárias na esfera pública de uma Nação.
Torna-se cada vez mais difícil que os políticos icónicos do nosso país tenham o acesso ao verdadeiro conhecimento democrático. Vivem mais das futilidades económicas e socais. Assim sendo, os Meda Sociais ocupam diariamente de mentes dos nossos políticos icónicos com as futilidades sociais. O fútil e o lúdico levam sempre a mente dos políticos icónicos a não pensar nem refletir na diferença que existe, no espaço público, entre os interesses públicos e os interesses particulares do público no nosso país.
No nosso país, os políticos icónicos colocam a futilidade sexual na primeira fila dos interesses públicos e humanas da sociedade. Baniram todos os valores da seriedade que poderiam existir num sistema político democrático. Colocaram na primeira fila a narrativa discursiva de sexualidade social como a prioridade das prioridades.
A essência da futilidade da narrativa sexual contribuiu, na Guiné-Bissau, para adormecer a lucidez das mentes da nossa classe política a nível nacional. Todas as espécies de abordagens que possam despertar socialmente a consciência epistémica dos nossos políticos foram ridicularizadas e sufocadas. Casa1, Casa 2, Casa3 dos lideres políticos tornaram-se uma verdadeira apologia da leveza da nossa democracia política multipartidária.
A euforia do consumo da publicidade dos políticos icónicos com maior número de mulheres por metro quadro transformou-se num padrão de felicidade humana dos guineenses e um dos maiores modelos de liberdade de expressão na Guiné-Bissau.
Produziu, assim na Guiné-Bissau, um animal político de futilidade sexual que deixou de rasto, na nossa esfera pública nacional, o verdadeiro sistema político democrático que o país precisa para estabelecer um real mercado de ideia pública na sua esfera pública.
A futilidade política, em torno da sexualidade, é um dos condicionamentos que reduziram drasticamente o nível de qualidade da nossa classe política. O que tornou frágil a sua qualidade de educação política democrática.
A essência da integridade política de um político nacional reside no número de mulheres que possui por metro quadrado nas ruas de Bissau.
Por: António Nhaga
Diretor Geral