A Guiné-Bissau está praticamente fora do Campeonato Africano das Nações em Futebol (CAN’2023), a decorrer na Costa do Marfim, após o cumprimento da segunda jornada do grupo A da competição.
Os “Djurtus”, que perderam no jogo da abertura do CAN frente ao anfitrião Costa do Marfim por 2 a 0, voltaram a sofrer nova derrota hoje frente a sua congénere da Guiné-Equatorial por 4 a 2 na capital marfinense.
A Seleção Nacional de Futebol, que participa pela quarta vez consecutiva no maior torneio do futebol africano, continua sem vencer nesta prova na qual participou pela primeira vez em 2017, no Gabão.
Em 11 jogos realizados no CAN, a Guiné-Bissau orientado pelo selecionador nacional Baciro Candé, soma 8 derrotas e 3 três empates não tendo conseguido somar qualquer triunfo na competição organizada pela Confederação Africana de Futebol (CAF).
Na primeira partida da segunda jornada do grupo A da fase final da prova frente a seleção da Guiné-Equatorial, a seleção nacional realizou uma exibição fraca, mostrando claramente que é uma seleção inexperiente, acima de tudo com falta de ambição nesta prova.
Na partida, que iniciou as 14h00, os pupilos orientados por “Mister Candé” entraram melhor na partida, controlando por completo a posse de bola, embora sem grandes jogadas para fazer golos.
Apesar da sua superioridade no jogo, foi a seleção da Guiné-Equatorial a abrir o marcador aos 21 minutos da partida por intermédio de Nsué, após um erro grave do defesa central da Guiné-Bissau, Sori Mané.
Depois do golo inaugural de Nsué, que foi a figura da partida, tornando-se assim o melhor marcador do CAN, a seleção adversária tomou conta do jogo, criando várias ocasiões de golos na baliza nacional.
Contudo, a Guiné-Bissau respondeu e restabeleceu a igualdade no jogo, após uma grande jogada de Mauro Teixeira na direita o defesa central da Guiné-Equatorial, Orozco que tentou aliviar o lance, introduziu a bola dentro da própria baliza, permitindo assim à seleção nacional igualar o jogo.
Volvidos dois minutos e perto do final do primeiro tempo, Franculino Djú caiu na área, o árbitro assinalou penálti no entanto, com recurso ao VAR reverteu a decisão, embora os adeptos nacionais presentes no Espaço Verde em Bissau não concordam com a decisão do juiz da partida.
Na segunda parte, foi ali que os Djurtus sofreram mais uma derrota, que lhes pode comprometer o apuramento para a segunda fase. Aos 46 minutos a seleção da Guiné-equatorial fez o seu segundo golo na sequência de um pontapé de baliza, Josete Miranda aproveitou uma falha de Sori Mané para, com um remate forte, fazer o 2-1.
A partir deste momento, a seleção da Guiné-Bissau desapareceu do jogo, tornando-se uma seleção sem ideias no jogo e o atacante da Guiné-Equatorial Nsué voltou a marcar, bisando, fazendo o terceiro golo de uma seleção que não perde há 13 jogos.
Com a derrota consumada, a equipa técnica nacional fez várias alterações no jogo, que deram alento à Guiné-Bissau, mas foi novamente a seleção da Guiné-Equatorial a fazer o quarto golo no jogo por intermédio de Nsué, perfazendo o terceiro golo no jogo. Com 34 anos e 110 dias, Emilio Nsue é o jogador mais velho da história do CAN a marcar um hat-trick.
Na parte final do jogo, a Guiné-Bissau fez o seu segundo golo por intermédio de Zé Turbo, que fechou as contas em 4-2.
Em relação a exibição dos jogadores nacionais, a crítica vai para Sori Mané, que substitui Opa Sangante na partida na sequência de uma lesão.
Embora a partida tenha servido para a Guiné-Bissau quebrar a seca de 707 minutos sem marcar um golo na fase final do CAN, a derrota fez com que a Guiné-Bissau esteja praticamente fora da prova, uma vez que, em caso da derrota da seleção da Costa do Marfim frente à Nigéria, ficará mesmo fora da próxima fase.
Com o resultado, a Guiné Equatorial chegou aos quatro pontos e se coloca em uma situação confortável para se classificar à próxima fase. Em contrapartida, a Guiné-Bissau perdeu o seu segundo jogo na competição e ocupa a lanterna, com nenhum ponto conquistado.
A Guiné-Bissau, que participa pela quarta vez consecutiva no CAN, procura a sua primeira vitória na fase final desta competição e consequente apuramento para a fase seguinte do maior torneio de futebol em África.
A 34.ª edição decorre de 13 de janeiro a 11 de fevereiro de 2024, na Costa do Marfim. O CAN estava previsto para 2023, mas devido ao período intenso de chuvas na Côted’Ivoire, a Confederação Africana de Futebol (CAF) adiou-o para o presente ano.
Por: Alison Cabral