
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, condecorou esta quinta-feira, 18 de janeiro de 2024, o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Portugal na Guiné-Bissau, José Rui Velez Caroço, com a medalha “Ordem Nacional de Mérito, Cooperação e Desenvolvimento”, pelos serviços prestados no país.
A cerimónia de condecoração, que decorreu no salão de honra do Palácio da República, contou com as presenças dos membros do Gabinete do Chefe de Estado e da equipa do Embaixador, José Rui Velez Caroço.
“A atribuição desta alta condecoração vejo-a como um reflexo e um símbolo da relação única que existe entre Portugal e a Guiné-Bissau. Naturalmente, toda a equipa da Embaixada, em todos os seus setores da cooperação, área consular, da segurança, da defesa é obvio que foi um trabalho que todos fazem com o gosto e que no fundo corresponde ao anseio das populações portuguesa e da Guiné-Bissau”, disse o diplomata português na sua declaração aos jornalistas, afirmando que a condecoração é um tributo da amizade entre a Guiné-Bissau e Portugal.
Em jeito do balanço dos seus três anos de funções na Guiné-Bissau, José Rui Velez Caroço disse que o balanço que faz é positivo e que desde 2020 que acompanhou, a par e passo, toda a evolução e a caminhada do país, sobretudo de testemunhar um “acréscimo grande” de relacionamento bilateral e da própria cooperação portuguesa na Guiné-Bissau.
“Recordo que nos anos iniciais desempenhei funções no período da pandemia de Covid-19. O importante foi um trabalho conjunto, nomeadamente o apoio dado por Portugal ao nível do setor de saúde e no combate à pandemia”, referiu, acrescentando que ultrapassado o período da pandemia, o seu país sempre esteve presente nos mais variados setores.
Lembrou, neste particular, que na comemoração dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, em 2023, Portugal esteve representado ao mais alto nível, com o destaque ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, primeiro-ministro demissionário, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Cravinho.
“O importante de tudo isto são os projetos concretos, sobretudo a criação da escola portuguesa de Bissau, um projeto ambicioso que conheceu um desenvolvimento nos últimos anos e que está agora pronto a arrancar com a atribuição do terreno da parte das autoridades guineenses”, assegurou.
Questionado sobre os desafios que o seu sucessor terá de enfrentar, disse será o de continuar a linha que existe já há muitos anos, bem como fazer “mais” e “melhor”.
“É sabido hoje que os desafios são exigentes em toda a parte. Estou certo que o substrato dessa profundidade da relação entre o Portugal e a Guiné-Bissau será a bússola e aquilo que norteará o trabalho da Embaixada de Portugal aqui e, obviamente, seguindo as orientações políticas e os objetivos determinados em Lisboa”, disse, defendendo que é importante preservar as relações de cooperação entre os portugueses e guineenses.
Por: Assana Sambú