A Guiné-Bissau vai participar, com equipas masculina e feminina, nos jogos da eliminatória para o Torneio da Zona II de voleibol de praia. Os jogos realizam-se na Serra Leoa, de 25 a 29 de janeiro de 2024 e contam para o apuramento para os jogos africanos da modalidade a realizar-se no próximo mês de março do ano em curso, no Gana.
A informação foi transmitida à seção desportiva do Jornal O Democrata na terça-feira, 23 janeiro, pelo próprio presidente da Federação de Voleibol da Guiné-Bissau (FVGB), Aladje Camará, durante uma entrevista telefónica a partir de Portugal.
Segundo Aladje Camará, a próxima edição dos Jogos Africanos vai dar acesso aos países que ficarem no top da tabela aos próximos os Jogos Olímpicos Parisˈ2024, que decorrem oficialmente de 26 de julho a 11 de agosto.
“Se conseguirmos a qualificação para os Jogos Africanos do Gana, será uma vitória para a Guiné-Bissau, um dos objetivos a alcançar”, indicou e lembrou que o país está a competir ao mais alto nível nas competições africanas de voleibol.
“Estamos muito motivados e com o propósito de elaborar planos para concretizar este objetivo, conseguir a qualificação para os Jogos Olímpicos 2024, em Paris”, disse.
As informações na posse de O Democrata indicam que a delegação guineense, que já se encontra na Serra Leoa, está a ser chefiada pela treinadora cubana, Tâmara Peralza.
Peralza, que está em Bissau com o apoio da Federação Internacional de Voleibol, deverá trabalhar com a seleção nacional e ajudá-la a melhorar a sua performance e os seus níveis competitivos nas competições internacionais.
“A seleção nacional conseguiu deslocar-se à Serra Leoa para participar neste torneio de qualificação para os Jogos Africanos de Voleibol de Praia graças ao apoio do Comité Olímpico da Guiné-Bissau”, informou, lamentando a falta de vontade do governo em apoiar as restantes federações desportivas do país nas competições internacionais onde estão inseridas.
No entendimento de Aladje Camará, o Estado da Guiné-Bissau apenas se preocupa com as atividades da Federação de Futebol do país (FFGB).
“Partimos para esta competição muito tristes, apenas tivemos o apoio do Comité Olímpico. Essa situação deixa muito triste quem quer trabalhar. As autoridades não podem preocupar-se apenas com o futebol, porque o desporto no seu todo deve ter o mesmo tratamento, uma vez que todos nós somos guineenses”, criticou.
Recentemente a Guiné-Bissau participou com duplas masculina e feminina no Torneio da Zona II de Voleibol de Praia de qualificação africana em Dakar, Senegal, para os Jogos Olímpicos Parisˈ2024, mas acabou por ficar no quinto lugar no feminino e quarto no masculino.
De referir que a 13ª edição dos Jogos Africanos marcada para o Gana, de 4 a 19 de agosto de 2023, deverá decorrer agora de 8 a 23 de março de 2024.
O Comité Organizador Local (LOC) em contato com as partes interessadas, incluindo a União Africana (UA), a Associação dos Comités Olímpicos Nacionais da África (ANOCA) e a Associação das Confederações Africanas dos Desportos (na sigla inglês (AASC) chegaram a um acordo para o anúncio da nova data da realização dos jogos no país da África Ocidental.
Por: Alison Cabral
