O comandante dos fuzileiros navais da Marinha da Guerra Nacional, Mário Guerra, afirmou que os militares não são os “piores” entre os grupos sociais da Guiné -Bissau e defendeu que é importante reforçar a sua capacitação no domínio da liderança, porque “as forças armadas têm uma educação de obediência de forma vertical que começa de cima para baixo”.
O comandante dos fuzileiros navais falava esta sexta-feira, 26 de janeiro do ano 2024, no último dia de uma jornada de formação de cinco dias, de 22 a 26 de janeiro, nas instalações do Estado Maior da Marinha de Guerra Nacional.
Participaram no encontro formativo cinquenta elementos das forças de defesa e segurança, sendo quarenta elementos das Forças de Defesa, dez do Ministério do Interior, dos quais cinco da Guarda Nacional e cinco da Polícia de Ordem Pública .
“Se o país tiver pessoas com formação vai ajudar na organização e na limpeza de mentes das pessoas e os militares não são os piores entre as classes sociais do país”, defendeu.
Sustentou que os militares devem afastarem-se da política e empenharem-se seriamente no processo de desenvolvimento do país.
“O nosso país não merece continuar a ter uma imagem não positiva”, disse, afirmando que as mulheres e os homens são iguais em termos de capacidade de aprender e fazer as coisas acontecerem, nisto as mulheres devem lutar para igualarem-se aos homens.
Aconselhou as mulheres a serem humildes em suas casas, porque “ o homem é homem”, disse.
Por seu turno, a chefe da repartição de emancipação das mulheres nas força armadas, Mirna Mariza Baldé, apelou aos participantes a colocarem tudo o que aprenderam na prática, lembrando o lema deste ano, alusivo à comemoração da morte de Titina Sila que será “ramos do mesmo tronco”
“As forças armadas são a classe castrense, por isso é pertinente conhecerem a importância da liderança para servir melhor os outros e o país”, assinalou.
Na sua intervenção, o Coordenador da Academia Ubuntu Guiné-Bissau, entidade que ministrou a ação de formação, Edson Incopte, afirmou que para haver uma boa liderança devem ser respeitadas os seus pilares, fazer escolhas de cima para baixo e de forma horizontal.
“Não há maior sentido da vida cultural de serviço igual à das forças armadas”, enfatizou.
Em nome dos formados, Mariza José da Silva recomendou aos colegas a porem em prática todos os conhecimentos adquiridos durante os cinco dias da formação, sobretudo serem autoconfiantes, resilientes e terem amor em partilhar os conhecimentos.
De salientar que a formação foi realizada pela academia Ubuntu Guiné -Bissau no quadro da comemoração de 30 de janeiro, a data da morte de Titina Sila.
Por: Noemi Nhanguam
Foto: N.N