O politólogo, escritor e poeta, Rui Jorge Semedo, lançou um livro novo intitulado “Desconstrução de um Estado por Construir” (1973 a 2019), no dia em que se celebram os 63 anos após o início da luta armada. O livro publicado pela editora Corubal conta com 475 páginas e traz reflexões sobre 41 discursos proferidos por 7 Presidentes da República da Guiné-Bissau.
A obra tem cinco capítulos: 1º- liberdade: o sonho guineense adiado, 2º- Estado Novo 1973 a 1980, 3º-Decadência do Estado novo 1980 a 1990, 4º- a reforma de Estado, 1991 a 1998 e o 5º- Fragilização do Estado, 1998 a 2019. Também o autor refletiu sobre o discurso do ex-presidente da república de Cabo Verde, Aristides Maria Pereira.
Ao semanário O Democrata, Rui Jorge Semedo afirmou que o universo académico-literário Bissau guineense é recente, contudo frisou que nos últimos tempos tem assumido “manifestamente uma dinâmica de afirmação identitária e de diálogo com o mundo literário e os literatos”.
“De forma global, há que reconhecer que a literatura nacional está a dar passos reveladores do seu comprometimento com o saber e fixação da memória coletiva nacional”, enfatizou.
BIOGRAFIA
Rui Jorge Semedo nasceu em Bissau no dia 18 de setembro de 1973. É mestre em Ciências Políticas pela UFSCar (2009) e graduado em Ciências Sociais pela UFRR (2006), ambas no Brasil. É investigador do Centro de Estudo Africano da Universidade do Porto (CEAUP) e investigador associado do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP). Tem vários artigos científicos publicados na Guiné-Bissau, no Brasil, em Portugal e nos USA. Em 2001 publicou o livro de poesias “Stera di Tchur” sobre o conflito político-militar de 1998.
Em 2007 publicou o “Retrato” e em 2009 “Ponto de Vista”. Volvidos quatro anos, o autor publicou uma crítica literária denominada “Sem Intenção”.
Em 2015 publicou um livro sobre as técnicas e saberes locais chamado “Tradição Balanta”. Um ano depois publicou o “Artesanato, Dança e Cantigas Bijagós”.
Em 2021, através da editora Nimba, publicou o “PAIGC: a face do monopartidariísmo na Guiné-Bissau (1974 a 1990). Desde 2010 trabalha na ONG Tiniguena – Esta Terra É Nossa.
Por: Epifânia Mendonça
