ALIANÇA “KUMBA LANTA” DENUNCIA O SEQUESTRO DAS INSTITUIÇÕES DO ESTADO PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 

A Aliança “Kumba Lanta” liderada pelos líderes do Partido da Renovação Social (PRS), Fernando Dias, e da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, denunciou o sequestro das instituições do Estado pela Presidência da República, alertando que o país corre o risco de se colapsar socialmente com consequências imprevisíveis.

“As instituições do Estado estão totalmente sequestradas pela Presidência da República e correm o risco de colapsarem socialmente, com consequências imprevisíveis” lê-se no comunicado com a data de 29 de janeiro de 2024, assinado por Fernando Dias da Costa e Nuno Gomes Nabiam, presidentes do PRS e da APU- PDGB, respetivamente. 

O comunicado refere que em nenhum momento os líderes da Aliança acusaram o Estado de tráfico de drogas, mas alertou-o pela crescente proliferação nos últimos tempos perante à “total incapacidade” do Estado para combater esse fenómeno, apelando à comunidade internacional no sentido de apoiar o país para travar “esse grande mal” na sociedade guineense. 

Por isso, os líderes da Aliança “estão surpreendidos com as declarações irresponsáveis” do Ministro do Interior, Botche Candé, que visam desviar a atenção das populações e dos parceiros da Guiné-Bissau face à essa grave situação. 

“A comunidade internacional sabe e acompanha com atenção a problemática da proliferação da droga no país. O porquê da insistência na nomeação do senhor BotcheCande na pasta de Ministro do Interior?” questionaram, revelando que o antigo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, está na posse de elementos que originaram o seu afastamento do ministério no então executivo.

“O líder da APU- PDGB, ex- primeiro-ministro, Eng. Nuno Gomes Nabiam,  esteve, obviamente, na decisão da exoneração do Botche Candé, do cargo do Ministro do Interior no governo por ele liderado e sabe profundamente dos motivos da mesma exoneração e estão na sua posse esses mesmos motivos. Assim sendo, nas condições normais, o Botche Candé nunca poderia voltar a ser nomeado num posto governamental pela gravidade dos mesmos motivos e muito menos no mesmo ministério do Interior “ insistiu. 

Os líderes de APU- PDGB e do PRS constataram a suposta tentativa de “politizar” as forças de segurança pelo ministro do interior “numa camuflada conferência de imprensa” nas instalações desse ministério. 

Por: Tiago Seide

Author: O DEMOCRATA

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