A Secretária Executiva da Comissão Nacional de Fronteiras da Guiné-Bissau, Balbina de Pina da Silva, revelou esta quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024, que a Comissão está a enfrentar enormes dificuldades, sobretudo no concernente à falta de meios financeiros para se deslocar aos países que fazem fronteiras com a Guiné-Bissau, nomeadamente o Senegal e a Guiné-Conacri.
A Comissão pretende trabalhar com os países vizinhos na questão de delimitação das fronteiras.
Balbina de Pina da Silva falava à imprensa depois de um encontro com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, com quem disse ter analisado a situação financeira da organização, as condições logísticas e instalações próprias para a execução da missão, bem como discutir com as outras comissões todo o processo de delimitação.
“Viemos cá para manter um encontro com o Presidente da República no sentido de lhe apresentarmos os elementos da Comissão Nacional de Fronteiras da Guiné-Bissau e falarmos das dificuldades que estamos a enfrentar no nosso trabalho diário. Prometeu-nos acionar mecanismos junto do governo para criar as condições para o funcionamento normal desta comissão de fronteiras”, sublinhou.
Informou que a União Africana criou comissões em todos os países da sub-região para reafirmar as nossas fronteiras com os nossos vizinhos, visando evitar eventuais conflitos que possam acontecer.
“O chefe de Estado prometeu-nos fazer tudo que estiver ao seu alcance para resolver a situação”, precisou e assegurou que as relações entre os países vizinhos são boas, tendo em conta a agenda de 2022/2025 da União Africana.
Lembrou que na sequência desta agenda foi instalada uma comissão mista com os dois países vizinhos que trabalhará para a validação no quadro do acordo de cooperação transfronteiriça, antes da assinatura formal.
Questionada se o território nacional está a ser violado pelos países vizinhos, Balbina de Pina da Silva disse que no passado foi verificada essa situação de violação.
“Com a criação da comissão mista, a situação está a ser resolvida aos poucos com campanhas de sensibilização à população para que não haja conflitos nas linhas de fronteiras”, assegurou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A