
[REPORTAGEM] A venda de comida e de comer na rua e a céu aberto é criticada por especialistas em saúde pública, que também afirmam estar apreensivos com os números de doenças respiratórias, particularmente da tuberculose na Guiné-Bissau, que constituem uma ameaça muito gritante devido à venda de comida nas ruas sem nenhumas condições de salubridade das mesmas.
A crítica dos especialistas a estas práticas é reforçada pelo diretor regional de saúde do setor autônomo de Bissau, que defendeu que os manipuladores de comida de rua devem reunir as condições básicas, ter higiene, sobretudo, das mãos por ser um dos veículos que leva para a boca “os alimentos que ingerimos”.
GOVERNO PONDERA CRIAR UM FÓRUM SANITÁRIO PARA DEBATER A SAÚDE ÚNICA
“A contaminação dos citadinos de Bissau por bacilo de Koch e outras doenças devido ao consumo de comida e outros produtos de rua, que se proliferou por todos os bairros de capital Bissau e no interior, tem revelado um perigo à saúde pública. Os manipuladores de alimentos devem ter as melhores condições higiênicas recomendadas e que não coloquem em perigo a vida das pessoas. Nas condições atuais,quem paga a fatura é o consumidor”, disse o diretor regional de saúde, Piu Tavares de Carvalho.
Na opinião deste técnico, para evitar as contaminações é deve-se adotar a prática de a lavagem das mãos corretamente antes, durante e depois de manipular os alimentos por causa das moscas que ficam em contacto com o lixo. E “todos os recipientes e toalhas devem estar higienizados”.
Denunciou que muitas pessoas afetadas com o bacilo de Koche que tinham iniciado o tratamento abandonaram-no, o que representam uma ameaça, porque essas pessoas doentes acabam por se tornarem resistentes à doença e gostam de frequentar os lugares públicos, principalmente onde são vendidos os churrascos e espetadinhas e no momento de comer, contaminam todas as pessoas envolvidas na prática.
Criticou a venda de comida na rua sem proteção, com muita poeira, rodeado de lixo, de moscas, de águas estagnadas e da falta de construção de casas de banhos, ambientes que favorecem a contaminação de alimentos e apontou a educação como um dos mecanismos que pode ajudar a banir essa prática, porque “um país sem educação de base, não pode evoluir”.
Sublinhou que é preciso que as pessoas tenham consciência de que a saúde é muito fundamental e aconselhou os consumidores a observarem atentamente as condições higiénicas dos manipuladores de alimentos e do local, antes de consumirem qualquer tipo de alimento na via pública, caso contrário correremos uma série de riscos de contrair doenças diarreicas e as bactérias que originam uma pessoa coçar o ânus constantemente durante à noite.
O diretor regional de saúde do setor autónomo de Bissau anunciou a criação de um fórum sanitário para debater a problemática da saúde única no país, revelou o diretor geral de saúde para o Setor Autónomo de Bissau, Piu Tavares de Carvalho.
Piu Tavares de Carvalho destacou a necessidade de a inspeção sanitária ajudar na prevenção de doenças transmitidas por alimentos, como o bacilo de Koch, o agente causador na maioria dos casos, da Tuberculose, e defendeu ser fundamental assegurar que os produtos comercializados a céu aberto tenham qualidade consumível e que os responsáveis pela venda desses produtos observem rigorosamente as normas e as regulamentações.
“A intoxicação alimentar ocorre quando uma pessoa ingere alimentos com substâncias tóxicas, incluindo as toxinas produzidas por microrganismos, como bactérias e fungos”, indicou, afirmando que os cuidados com a alimentação devem ser redobrados, porque “até comer comida que caiu no chão pode deixar uma pessoa doente ou contaminada com a bactéria Salmonella”.
Em entrevista ao jornal O Democrata para falar dos cuidados que os manipuladores de alimentos vendidos nas vias públicas devem ter, indicou que as normas básicas de higienização que devem ser seguidas pelos manipuladores de alimentos são: o uso de uniformes, banho diário, cuidados com o cabelo, lavar bem os dentes, higienização das mãos, antebraços e braços, não utilizar adornos e evitar usar barbas.
CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU DIZ QUE A VENDA DAS ESPETADINHAS É “CLANDESTINA”

O diretor do saneamento básico da Câmara Municipal de Bissau (CMB), Homena Abinande Ferreira, afirmou que a venda de espetadinhas nas vias públicas e a céu aberto é “clandestina”, por não terem autorização das entidades responsáveis para o fazerem e anunciou que a CMB está a preparar uma campanha de sensibilização sobre os riscos de contaminação que os praticantes representam à vida e à saúde dos consumidores.
“A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem exigido muitas cautelas sobre as doenças que se contraem através de comida”, lembrando que já está em curso um processo de recuperação dos mercados destruídos nos diferentes bairros da capital e, consequentemente, a reparação das suas casas de banho, que precisam de cuidados por serem locais onde facilmente se contraem infecções, porque “ quase todos os utentes desses mercados fazem usos dessas casas de banho” e anunciou que em breve serão abertos casas de banho públicos reparadas do Império e colocadas à disposição dos citadinos.
O diretor do saneamento básico da CMB revelou que a edilidade já começou, através da polícia municipal, a apreensão de praticantes da venda clandestina de espetadinhas, contudo não adiantou o valor das coimas que serão aplicadas aos infratores.
“Antes, de a polícia municipal fazer uma sensibilização sobre como os vendedores de espetadinhas podem proteger o interesse dos consumidores”, disse e aconselhou todos que estão nesse negócio a serem sensíveis à saúde humana, vender alimentos em condições recomendáveis e que os consumidores devem abdicar de comer comidas sem proteção.
“Devemos gostar da nossa saúde e colaborar com a CMB no sentido de denunciar qualquer pessoa que esteja a praticar essa atividade ou a venda de comida na rua sem higiene”, assinalou, afirmando que é urgente os citadinos reforçarem a sua colaboração a Câmara Municipal de Bissau cuidarem-se de lixos produzidos nos mercados e em casa.
“Não é aconselhável deitar o lixo no chão ou em qualquer lugar, os cidadãos devem habituar-se a levar o lixo para os ecopontos e na hora certa para ser recolhido”, aconselhou, tendo apelado aos vendedores a serem responsáveis e evitarem de vender os legumes arrumados no chão.
ACOBES ACONSELHA OS CONSUMIDORES A SEREM CAUTELOSOS E CONSUMIREM O QUE ESTÁ PROTEGIDO
O secretário geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviços (ACOBES), Bambo Sanhá, aconselhou os consumidores a serem cautelosos e consumirem apenas o que está protegido, porque o aumento de consumo de alimento de rua tem sido uma preocupação da sua organização, devido aos riscos que representam à saúde pública.
“Diariamente falo com alguns vendedores desses churrascos e espetadinhas, e reclamam que se venderem os alimentos cobertos não vão conseguir nada”, revelou e lamentou que o país não tenha privilegiado a proteção dos consumidores, razão pela qual desafiou os consumidores a serem muito vigilantes e transformarem-se em primeiros inspetores, instruindo os outros que não proteger o seu produto é abdicar-se de vendê-lo.
“Não é normal um vendedor ou vendedeira justificar de que a falta de negócio é que os leva a não protegerem os seus alimentos. Devem comprar protetores com as devidas tampas onde possam colocar o seu produto e vendê-los. O país tem muita poeira e quando os carros passam deixam muita poeira no ar, que pode contaminar os produtos vendidos na beira da estrada”, afirmou.
Explicou que a sua organização tinha concorrido a um concurso público e venceu com o objetivo de comprar carretas devidamente equipadas e cobertas com vidro e que seriam vendidas a um preço simbólico, permitindo que os vendedores e vendedoras pudessem proteger os seus alimentos de forma segura e evitasse os possíveis riscos de contaminação aos consumidores, mas foi roubado e atribuído o vencedor a outra pessoa, que não teve nenhum sucesso.
Disse que a Câmara Municipal de Bissau tem uma responsabilidade muito elevada, porque o gestor da cidade e os polícias municipais deveriam ser os primeiros vetores de sensibilização para que os praticantes abdiquem dessa “prática ofensiva contra a saúde da população”.
Bambo Sanhá criticou a venda de pães nas “lojinhas” juntamente com outros produtos tóxicos que várias vezes não são protegidos.
“Às vezes, nem se sabe a faca utilizada para cortar os pães é a mesma usada para cortar sabões ou outros produtos. São riscos de contaminação que corremos diariamente. Infelizmente, o país não dispõe dos lugares específicos para a venda de pães”, lamentou e lembrou também que os mercados do país não têm condições de saneamento básico adequadas.
“Não há casas de banho, a água de torneira, vendendo produtos no chão juntamente com o lixo e por vezes em cima de lama, portanto é muito preocupante”, insistiu.
Considerou que a proliferação da venda dos petiscos a céu aberto é perigosa, porquanto muitas vezes a sua proveniência é duvidosa e não se sabe se realmente são fígados de bovinos ou de outros animais, tendo frisado que as perguntas que não se podem calar são: qual é a forma de preparação desse alimento, em que circunstâncias o animal foi abatido, será que foi inspecionado pelo serviço da veterinária?
“Como se não bastasse, a forma como manipulam estes alimentos apresentam riscos de contaminação, as pessoas comem na mesma bandeja com os mesmos ferros, ninguém se preocupa em saber do estado de saúde do vendedor ou do consumidor, todos comem sem preocupação”, criticou.
Para o secretário geral da ACOBES, esses locais devem ser controlados com a maior rigorosidade, o que muitas vezes não se verifica, mas também a passividade das autoridades nacionais tem contribuído e motiva a continuidade de violação dos direitos do consumidor, defendendo uma colaboração institucional recíproca.
Disse que o maior cancro na sociedade guineense é a falta de confiança entre as instituições, todos se desconfiam um do outro, apontando o baixo salário como um dos fatores que contribui na proliferação da corrupção e “quem paga a fatura pesada é o consumidor”.
Afirmou que a sua organização não dispõe de dados específicos, mas explicou que tinha presenciado a um acontecimento num dos hospitais do país, onde uma jovem teve uma intoxicação alimentar por comer um donete, igualmente no mesmo hospital encontraram uma senhora que ficou intoxicada nas mesmas condições e vomitava sangue, porque comeu ostras.
“Muitas vezes a nossa população desprotegida passa mal por causa da intoxicação alimentar”, denunciou e defendeu que é preciso adotar medidas sérias para desencorajar essa prática, através de uma colaboração institucional saudável e a estabilidade governativa.
Lamentou a falta de funcionamento pleno da Assembleia Nacional Popular, porque “infelizmente com a queda do governo foi adiada aprovação da lei sobre a proteção do consumidor”, lembrando que situações de género levaram a ACOBES a intervir uma vez no porto de Pindjiguiti sobre uma descarga de arroz em simultâneo com cimento, considerado um produto químico.
Defendeu que as entidades competentes, nomeadamente, o Ministério do Comércio, a Câmara Municipal de Bissau, o Ministério da Saúde Pública e a direção geral da Veterinária devem empenhar-se muito em trabalhar em colaboração, porque “muitos produtos de origem animal entram via terrestre e circulam no mercado e intoxicam a saúde da população”.
“Também se verifica a venda de produtos alimentares debaixo do sol, o que não é aconselhável, porque mesmo estando no prazo da validade, a má conservação pode colocar a vida da população em risco”, afirmou.
“Os guineenses não valorizam o país que têm, por isso os estrangeiros entram e enriquecem-se rapidamente pondo em causa a saúde pública. O governo deve trabalhar na capacitação dos inspetores, mas não se verifica. As pessoas são colocadas no aparelho de Estado por questões políticas, sem a mínima preparação e é um risco muito grande à saúde pública e à economia”, disse.
Assegurou que a ACOBES vai continuar a ser intransigente e pediu a colaboração da população em denunciar a proveniência ou a entrada de produtos duvidosos no mercado e todos os atos que possam pôr em causa a vida da população.
PECUÁRIA PROPÕE UM DEBATE PÚBLICO PARA ACABAR COM CHURRASQUEIRAS A CÉU ABERTO
Por sua vez, o diretor geral da Pecuária, Bernardo Cassamá, disse que comer carne exposto ao sol é perigoso e revelou que o sistema nacional de saúde pública guineense está desorganizado e que “todos vendem comida torto a direito, a céu aberto”.
Criticou a forma como se faz o abate dos animais no matadouro e a carne é transportada para o mercado, por ser um dos fatores que favorecem a contaminação da saúde pública e “a prática que os guineenses herdaram de comer na rua é extremamente prejudicial, porque são alimentos não inspecionados”.
“O sangue na carne é fonte da infeção, por isso estamos contra a proliferação das churrasqueiras a céu aberto”, enfatizou e disse para acabar com essa prática, a CMB, o Ministério da Saúde Pública, a direção da Veterinária devem ativar uma comissão conjunta para debater e elaborar uma lei que possa impedir a prática ou a existência de churrasqueiras a céu aberto.
Aconselhou aqueles que fazem churrascos a não descongelarem a carne e congelá-la de novo porque, “a carne descongelada já está afetada com as bactérias e se voltar congelá-la transporta estas bactérias e contaminar o resto da comida, por isso o hábito da higiene é fundamental durante e depois da manipulação da carne”.
“Para além de a população estar com sérios problemas de saúde, nomeadamente, gripe, diarreias, entre outras doenças por causa de comer carne a céu aberto sem proteção contra a poeira, a falta de higiene no local e a forma como se faz a manipulação, nunca estaremos ilesos de todos os riscos e fontes de contaminação”, disse.
Lembrou que a saúde veterinária é uma parceira da CMB, porque são responsáveis na identificação da qualidade da carne e a saúde pública é responsável para a identificar se os vendedores estão saudáveis sem risco de contaminar os consumidores, portanto “existem pré-condições antes de praticar atividades de churrasqueira, o que não se verifica no país”.
Criticou o abate de animais em condições inadequadas e o transporte da carne nas carretas de mão ou nos porta-malas de táxis, tendo lembrado que depois da independência, todos os grandes bairros tinham talhos de carne e de peixes, mas “hoje em dia todos estes talhos foram transformados em lojinhas”.
“Muitas pessoas estão com dores colaterais, que às vezes são conectadas à feitiçaria, mas que são provocadas por alimentos infectados. Também beber leite fresco que acaba de ser ordenhado, sem fervê-lo, traz problemas de infertilidade nos homens e nas mulheres. Os guineenses cozinhavam em privado, mas agora fazem-no em público, influência do estrangeirismo”, alertou.
Desafiou todas as entidades competentes a trabalhar em sinergias para minimizar os danos contra a saúde pública, na implementação das leis que regulam todos estes locais de venda deste produto.
“Antes, deve existir a união entre as CMB e a Veterinária, porque é uma entidade que tem o conhecimento sobre as diferentes doenças nos países vizinhos que podem afetar a saúde pública. Apenas a partir daí é que as Alfândegas podem autorizar a entrada de produtos de origem animal”, indicou.
“Temos as carcaças que vêm da Meca que não são inspecionadas pelos serviços da veterinária porque a situação sanitária do país de origem é diferente da nossa, mas durante a viagem podem acontecer muitas coisas, uma paragem do motor de frio, mas as autoridades nacionais não respeitam as regras sanitárias deixam tudo passar”, exemplificou.
Criticou a narrativa que as pessoas usam, uma permissão que a classe castrense dá a certas pessoas para congelar a carne na câmara frigorifica em nome das tropas, que “não é uma boa prática, porque se permitirem a entrada de um produto contaminado e se esse produto for consumido por seiscentos homens e causar um estrago quem será o responsável?”.
“Os produtos entram no país sem nenhum controlo, por ser uma prática lucrativa, geradora de rendimentos e os praticantes não levam em conta a saúde da população, apenas pensam no lucro”, denunciou e defendeu a reativação da equipa conjunta para ajudar a salvar a saúde pública.
“PESSOAS PREFEREM COMIDAS DE PASTO DO QUE ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS” – GOVERNO
O Diretor de Serviço de Estabelecimentos Hoteleiros e Similares, Suleimane Seide, criticou o comportamento dos guineenses e disse que muitas pessoas preferem mais as comidas das casas de pasto do que dos estabelecimentos hoteleiros e desafiou o governo a adotar medidas estruturantes, se pretender ter uma população sã e saudável.
“Os fazedores de espetadinhas e churrascos devem cuidar da saúde dos consumidores, mas a população deve também ajudar a denunciar a falta da higiene nos lugares de venda, abdicando-se do provérbio “djitu ka tem”, que muitas vezes leva à morte de muitas pessoas. A falta de cumprimento da lei é um dos fatores. O guineense deve ser um povo que ama a sua pátria, porque muitas vezes quando alguém tem fome prefere intoxicar-se do que ter a saúde”, frisou.
Assegurou que a sua instituição está a trabalhar para o melhoramento da higiene dos locais de preparo de comidas, nomeadamente os bares, restaurantes, hotéis e até os apart-hotéis, razão pela está-se a organizar para criar uma comissão de inspeção sanitária, que visa ajudar a orientar os proprietários como ter a cozinha mais limpa e saudável.
CONSUMIDORES RECONHECEM QUE A COMIDA DE RUA É UMA FONTE DE CONTAMINAÇÃO
Os consumidores interpelados pela reportagem de O Democrata reconheceram que a comida de rua é uma fonte de contaminação, porém os vendedores apontam a prática como a única fonte de rendimento e alternativa ao auto sustento.
Por exemplo, Júnior Da Costa, que nunca se aventurou a comer na rua, disse que a comida de rua é uma fonte de contaminação, porque ʺé muito arriscado comer na rua e não se sabe qual é a real situação da saúde da pessoa que manipula os alimentos, por isso aconselho os consumidores a abdicarem dessa prática”.
Enquanto isso, as cidadãs Alsácia Mendes e Djenabu da Silva disseram que recorrem à comida de rua e às espetadinhas porque são mais baratas e são uma delícia.
ʺNão tenho dinheiro para frequentar um restaurante, por isso prefiro esta…ʺ, disse Djenabu da Silva que optou por comer a comida de rua, porque economicamente consegue suportar o preço.
Todavia, sem terem noção do risco de contaminação que se pode contrair comendo no mesmo recipiente, o problema é satisfazer a ansiedade ou a fome de comer a carne.
Algumas pessoas que não quiseram ser identificadas, assumiram-se serem profissionais de saúde, bombeiros, mas ignoram os riscos de contaminação que se podem contrair, comendo na rua para matar a fome.
Alfa Bá, um vendedor de petiscos, disse que começou a vender na rua porque viu os seus colegas a praticá-lo, mas a repórter constatou que este vendedor não tinha toalhas limpas para secar as mãos depois e antes de manipular alimentos, a água utilizada para lavar as mãos estava suja, não estava a respeitar as medidas sanitárias recomendadas.
Por sua vez, o motorista de um comerciante libanês, Amadú Bá, salientou que escolheu a venda de comida de rua como alternativa, porque ʺ sou motorista, mas quando o meu patrão viaja vendo comida na para não ficar sem dinheiro”.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: Aguinaldo Ampa