
O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), Inocêncio Lamba, apelou aos atores políticos guineenses a moderarem a linguagem, porquanto a Guiné-Bissau precisa da paz e estabilidade.
Aos jornalistas no final da reunião da Comissão Permanente do PTG, Inocêncio Lamba afirmou que o seu partido tem acompanhado a situação política vigente no país, em que os dirigentes políticos lançam mutuamente palavras que não ajudam em nada para a promoção da paz, unidade nacional e tranquilidade almejadas pelo povo guineense.
“Por isso, decidimos convocar a comissão permanente do partido com o objetivo de discutir e analisar a situação política vigente. Chegamos a um consenso, onde apelamos a todos a moderar em termos de linguagem, começando pelo PTG, um partido de paz, um partido que nunca criou confusão no país e que já serviu de ponte entre vários partidos políticos para mostrar-lhes que chegou o momento de trabalharmos em conjunto para criar as condições para a paz social”
disse, afirmando que a Guiné-Bissau está cansada e que se registaram “montes de problemas” no país e que não quer que volte a acontecer.
“A Cultura de matchundadi não deve ser a nossa opção. É bom pensarmos e chegarmos a um consenso para desenvolver o país. Se há um problema, devemos sentarmo-nos para discutir e encontrar uma solução. Não é preciso lançarmos uns aos outros a pedra para mostrar que temos força, é isso que não queremos” insistiu Inocêncio Lamba.
Do encontro, segundo o vice-presidente do partido que integra o governo de iniciativa presidencial, os membros da comissão Permanente reafirmaram o seu apoio a UmaroSissoco Embaló ao segundo mandato.
“Dissemos também que quem pretende andar connosco e acompanhar-nos, em primeiro lugar deve aceitar esta nossa posição, e se não quiser tudo bem. Estamos abertos a qualquer formação política para discutirmos. Fizemo-lo no passado com MADEM-G15 até fecharmos, mas infelizmente veio a não resultar em nada” afirmou, revelando que o PTG está a preparar as suas estruturas para garantir o segundo mandato ao Sissoco Embaló nas próximas eleições presidenciais.
Por: Tiago Seide