O Primeiro-ministro guineense, Rui Duarte de Barros, afirmou que a unidade de transformação e conservação do pescado trabalha na base de normas europeias.
Segundo a sua explanação, a Guiné-Bissau poderá exportar o seu pescado para o mercado europeu e outros cantos do mundo.
Barros fez estas afirmações na sua comunicação este sábado, 30 de março de 2024, durante a cerimónia de condecoração do empresário chinês, Sun Zhi Xiang, responsável da empresa “ZHONGYU GLOBAL SEATFOOD CORPORATION”, que instalou, no Porto de Bandim, a unidade de transformação e conservação do pescado.
O empresário chinês, Sun Zhi Xiang, que trabalha e vive na Guiné-Bissau há 26 anos, foi distinguido com o diploma de mérito entregue pelo chefe do Governo, Rui Duarte Barros, bem como recebeu igualmente um “Pano de Pinti” das mãos do titular da pasta das Pescas, Mário Musante da Silva. A cerimónia foi testemunhada pelo embaixador da China Popular, Guo Ce, altos funcionários da embaixada e trabalhadores da empresa.
Presidindo a cerimónia, Rui Duarte Barros disse que o gesto do executivo visa encorajar o empresário chinês para que continue a pensar na Guiné-Bissau como seu país com projetos do desenvolvimento, dado que um dos filhos do empresário também nasceu neste país.
“Esta é uma cooperação exemplar. E acho que com o governo chinês, esta é uma das coisas concretas que temos, portanto na base da cooperação com a China temos ao lado o Porto de Pescas e temos esta unidade de transformação e conservação do pescado que trabalha na base das normas europeias, que vai nos permitir no futuro próximo exportar o nosso pescado para o mercado europeu”, assegurou.
Enfatizou que no final deste mês o país vai receber uma equipa de técnicos das Alfândegas da China que virá analisar as condições que devem ser reunidas para a exportação da castanha de cajú, bem como outros produtos para o mercado chinês.
“A Guiné-Bissau produz a castanha de cajú e peixe em grande quantidade, mas não podemos exportar estes produtos para o mercado da China. Agradecemos o governo chinês pelo apoio que tem dado ao povo guineense em todos os setores”, assegurou, agradecendo ainda o empresário Sun Zhi Xiang, pelo trabalho que tem feito no país.
Por sua vez, o ministro das Pescas e Economia Marítima, Mário Musante da Silva, afirmou na sua comunicação que a relação de cooperação entre os dois países tem-se revelado vantajosa para os dois povos, sobretudo no concernente ao setor das pescas.
Assegurou que na base destas relações, foram construídos o porto artesanal das pescas e a construção de duas unidades emblemáticas de transformação e conservação dos produtos haliêuticos.
“A construção e o funcionamento destas duas unidades de transformação e conservação de produtos haliêuticos orgulha-nos, como também nos permite lançar a nossa candidatura perante a União Europeia e reclamar o acesso a acreditação e, consequente obtenção do tão desejado certificado de exportação dos produtos haliêuticos ao mercado Europeu”, disse.
Para o embaixador da China na Guiné-Bissau, Guo Ce, a distinção do empresário chinês demonstra o reconhecimento do governo guineense aos trabalhos que desenvolveu neste país, bem como o reconhecimento da relação de amizade entre a China e a Guiné-Bissau.
“O empresário Sun trabalha neste país faz 26 anos e a esposa dele também trabalha na Guiné faz 10 anos, aliás, um dos seus filhos nasceu na Guiné-Bissau. Para nós, Sun Zhi Xiang é guineense”, disse.
Prometeu que a embaixada vai informar o governo chinês da iniciativa do governo guineense em distinguir o empresário Sun, devido ao trabalho desenvolvido no setor das pescas.
O representante da empresa Zhongyu Global SeatfoodCorporation, Sun Ziah Xingu disse estar emocionado, tocado e feliz por ver o seu trabalho árduo, ao longo dos anos, ser reconhecido pelo governo da Guiné-Bissau.
“Deixei a minha terra natal e a minha família aos 24 anos, fui designado pela China National Fisheries Corporationpara vir servir na Guiné-Bissau e tenho trabalhado aqui por 26 anos. Passei Toda a minha juventude nesta terra bonita e acolhedora”, recordou o empresário, acrescentando que “esta certificação do governo da Guiné-Bissau é uma honra suprema, mas também uma grande responsabilidade”.
Assegurou que durante 30 anos, a empresa, sob a liderança da Embaixada da China e da empresa mãe, enraizou-se na Guiné-Bissau, beneficiando o povo guineense e contribuindo para o desenvolvimento econômico nacional, construindo uma reputação social sólida.
Refira-se que a unidade de transformação e conservação do Pescado construído no porto de Alto Bandim, com um investimento de 8 milhões de dólares norte-americanos, empregando cerca de 200 pessoas.
Por: Assana Sambú
