A Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) exorta os atores políticos e os partidos que os problemas do país devem sobrepor-se aos interesses partidários e pessoais, tendo advertido os atores políticos guineenses que devem procurar manter um diálogo construtivo e patriótico no sentido de salvar a Guiné-Bissau.
O apelo da classe empresarial através da CCIAS foi tornado público através de um comunicado à imprensa, datado de 01 de abril de 2024, a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso. Na mesma nota pode ler-se ainda que o CCIAS está convencida que eventuais problemas causados pelo clima desta crise que considera “artificial” podem e devem ser ultrapassados com inteligência e bom-senso.
A Câmara informa no seu comunicado que tem vindo a seguir de forma atenta a situação política vigente que o país vive e muito em especial na criação de um cenário “artificial de crise” que em nada beneficia a estratégia da Câmara, mas sobretudo quando o país e a classe empresarial estão concentrados e empenhados no bom desenrolar da campanha de comercialização da castanha de cajú.
“A CCIAS entende e defende que a classe empresarial precisa de um cenário nacional de paz, estabilidade e unidade, como condição primária para obter uma corrente de investidores, tendo como base os critérios de garantia e de confiança”, lê-se no comunicado, que avança, neste particular, que a Câmara responsabilizará os partidos e políticos como autores morais e materiais de um eventual fracasso da presente campanha de cajú, por isso apela atodos os partidos e políticos à “afastarem-se dos atuais cenários de crise e concentrarem-se na defesa dos superiores interesses nacionais”.
Segundo o comunicado, a CCIAS entende que todos os partidos, políticos e demais envolvidos que enveredam de forma ativa e irresponsável no fomento desta “pseudocrise”, devem ser duramente sancionados pelos guineenses nas urnas.
A Câmara exorta igualmente o Presidente da República para acionar todos os mecanismos legais que permitam que o governo se concentre no esforço de salvar a campanha de cajú, como também de dar garantias através da sua magistratura de influência, aos potenciais investidores para que o país possa ter êxito na presente campanha.
O documento enfatiza que o seu apelo à paz, estabilidade e unidade deve ser entendido como um chamamento à responsabilidade e ao dever de respeito para com a nossa pátria e igualmente para todas as instituições da República.
A CCIAS sublinha que o respeito à pátria e às instituições da República “são elementos cruciais para a promoção do país e garantia ao investimento, razão pela qual responsabilizará seja quem for e muito especial os partidos e políticos que sejam considerados responsáveis de uma indesejável crise que o país venha a registar”.
“A CCIAS está decida a apelar a todas as diferentes partes envolvidas na vida política a terminarem com todas as suas manobras de fomentar uma crise que, repita-se, poderá ter consequências negativas sérias no futuro do desenvolvimento nacional e muito em particular no seio do tecido social da Guiné-Bissau e neste sentido vai apelar a todos os guineenses a sancionar os políticos e partidos responsáveis diretos”, lê-se no comunicado.
Por: Assana Sambú