As Escolas de Formação de Professores na Guiné-Bissau voltam a paralisar, desta vez com a duração de 10 dias úteis. A paralisação poderá comprometer o presente ano letivo, uma vez que até ao momento não se realizaram os exames semestrais em algumas delas e nos estabelecimentos do ensino superior na Guiné-Bissau, sobretudo na Escola Nacional da Educação Física e Desportos, Escola Normal Superior Tchico Té e 17 de Fevereiro e Amílcar Cabral de Bolama.
Ao seminário O Democrata, o Presidente do Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior de Educação, Luís da Costa, acusou o executivo de falta de vontade em resolver os problemas do ensino superior no país, porquanto este convocou uma reunião negocial sem ter uma contraproposta às suas exigências.
A reportagem de O Democrata soube, através de alguns elementos das direções da escola e dos alunos, que a greve que hoje iniciou foi aderida pela maioria dos docentes, salvo no Centro de Formação Serifo Fall de Buba, onde os estudantes estão ainda a gozar as férias da Páscoa até à próxima sexta-feira, 6 de Abril.
Luís da Costa ameaçou convocar mais paralisação, caso o governo não dê uma resposta favorável ao caderno reivindicativo do SIESE, lembrando que nas negociações tidas com o executivo este não assumiu qualquer compromisso.
Esta é a terceira vez que o SIESE convoca paralisações, desde o início do ano letivo, para reivindicar entre outros pontos a aplicação da Carreira Docente Universitária, a redução do excesso de número de alunos por turma nas diferentes unidades da Escola Superior da Educação, a construção de bibliotecas e laboratórios para o ensino – aprendizagem, a elaboração de um plano de superação de docentes, assim como pagamento aos professores contratados durante todo o ano letivo 2022/2023 e dívidas de 2021/2022 a alguns professores contratados da Unidade Tchico Té.
Refira-se que a greve de 10 dias úteis, iniciada esta quarta-feira, 3 de Abril, termina no próximo dia 17 deste mês.
Por: Tiago Seide