ASSOCIAÇÃO DE CONSUMIDORES  RESPONSABILIZA O GOVERNO PELA FOME NAS ZONAS RURAIS

A Associação de Consumidores, Bens e Serviços (ACOBES) apontou o governo como o responsável pela fome que se verifica nas zonas rurais e em Bissau, devida à rotura de arroz no mercado nacional em plena campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú, produto estratégico do país.  

Bambo Sanhá falava esta segunda-feira, 15 de abril de 2024, em conferência de imprensa durante a qual abordou as preocupações da ACOBES em relação à escassez de arroz “N Helem” cem porcento partido no mercado nacional, tendo apelado ao executivo a manter a política de subvencionar o arroz em benefício dos consumidores. 

Sanhá denunciou que existe estoque de trinta mil toneladas de arroz nos armazéns de importadores há mais de dois meses mas o governo não terá conseguido chegar a um consenso com essas empresas, sobre a questão da subvenção que permita a venda no preço de fixado pelo executivo desde setembro de 2023: arroz Nhelem em 17,500 e 22 francos CFA, para o consumidor final.

Bambo Sanhá alertou que a falta de arroz no mercado nacional está a permitir aos que têm arroz em más condições, por falta de conservação, ou produtos duvidosos nos armazéns ganharem o terreno, porque “as populações estão a passar fome”. 

Afirmou que é necessário que o governo tenha capacidade e flexibilidade de saber negociar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para permiti-lo ter resultados a favor da população. 

Outra preocupação levantada pela organização defensora dos consumidores tem a ver com a energia da OMVG.

Pediu, neste particular, ao governo informações claras para as populações consumidoras, sobretudo no que se concerne às tarifas que serão aplicadas, tendo criticado o fato de a sua organização não estar envolvida para acompanhar o processo da conexão à rede elétrica produzida pela barragem regional no quadro do projeto OMVG.

Outra preocupação de ACOBES tem a ver com a problemática de entrada clandestina e ilegal de medicamentos no país, tendo apelado ao Ministério de Saúde Pública a fiscalizar o mercado e exigir que as empresas importem medicamentos de qualidade e a harmonizaçâo de preços de venda de medicamentos em diferentes mercados.

Por: Carolina Djemé
Fotos: CD

Author: O DEMOCRATA

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