A Juventude Africano Amílcar Cabral (JAAC) alertou que a falta de arroz no mercado nacional e principalmente nas tabancas do país está a criar grandes constrangimentos, sobretudo pode gerar conflitos no seio da população.
A denúncia foi tornada pública esta quinta-feira, 18 de abril de 2024, pelo Secretário Regional do Setor Autónomo de Bissau de JAAC, Sidónio da Silva, em conferência de imprensa realizada na sede principal do PAIGC, na qual falaram da escassez de arroz e fome que afetam os populares das zonas rurais, da comercialização e exportação da castanha de cajú, do processo do recenseamento e atualização dos cadernos eleitorais.
Na ocasião, o político criticou que não se pode ter um governo com dificuldades de abastecer em arroz o mercado nacional para a população tendo questionado que em plena campanha de comercialização da casta de cajú não haja arroz e o que se espera na época de chuva, que é quando se se verificam grandes dificuldades de transportes para o interior do país.
Para Sidónio da Silva, não se pode ter um governo sem nenhuma visão e muito menos um programa de governação para o desenvolvimento, para de seguida responsabilizar o governo de iniciativa presidencial liderado por Rui Duarte de Barros pelas consequências que o povo está a sofrer e pela má campanha de comercialização de castanha de cajú.
Da Silva considerou de grave a declaração do diretor geral do comércio em como o governo terá dificuldades em subvencionar os importadores do arroz, porque, segundo ele, a governação é melhorar as condições de vida da população, tendo avisado que não se pode ter governos ou governantes que governam só para os seus interesses pessoais.
Em relação à campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú, o político denunciou que o preço de trezentos francos fixado pelo executivo não está cumprido porque o preço mínimo que se pode verificar nas tabancas é menos de 150 cfa.
Sidónio da Silva exortou o governo de iniciativa presidencial no sentido de criar as condições para que possa sair de pior para o melhor.
Em relação ao processo de atualização dos cadernos eleitorais, criticou a forma como está a ser conduzida sem o envolvimento de partidos políticos, tendo denunciado que não encontrou brigas de recenseamento e atualização dos cadernos em Bissau e nas tabancas, não se ouve falar do processo de atualização, para de seguida alertar que desde o inicio do processo até agora nunca o GTPE tem anunciado os dados estatísticos da atualização.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD