O diretor geral da Escola Superior de Comunicação e Jornalismo, António Nhaga, revelou esta quinta-feira, 25 de abril de 2024, que a ideologia de género continua a ser uma “maré de nuvens”, que não se explica muito bem as matérias de género, porque “a própria cultura guineense é mais masculina, relegando a mulher para ficar em casa para cuidar da família”.
António Nhaga falava aos jornalistas após workshop sobre a Ideologia de género e jornalismo no feminino na Guiné-Bissau”, realizado nas instalações daquela escola em Bissau.
O também professor universitário disse que a escola quer, com o encontro, dotar os jovens jornalistas de temas importantes que possam permitir-lhes inserirem-se na sociedade e no mercado de trabalho.
“O problema da ideologia de género é complicado e as pessoas não o conhecem bem, o cidadão não domina aquele assunto”, insistiu.
O responsável da Escola Superior de Comunicação e Jornalismo entende que é imperativo preparar os alunos de comunicação e jornalistas nessa matéria para quando chegarem às redações estarem prontos e com a sensibilidade de poder produzir assuntos ligados à ideologia de género e jornalismo no feminino na Guiné-Bissau.
António Nhaga informou que o trabalho que está a ser levado a cabo é um desafio não só a nível nacional, mas também sub-regional, porque “aqueles que estão a ser preparados neste momento, são as pessoas que competirão com outros indivíduos dos países vizinhos, sendo que já estão no mesmo patamar”.
“A imprensa, como sabem, tem um papel de cidadania e esse exercício que estamos a fazer aqui é dotar os nossos estudantes de um papel e ferramentas para terem a noção que é fundamental trabalhar estes assuntos. Durante a palestra, assistimos a uma troca de ideias e posições interessantes que achamos serem mais do que aprender na escola”, sublinhou.
Questionado se a iniciativa veio para ficar, António Nhagadisse que a mitologia do ensinamento veio para ficar, tendo defendido que é preciso os profissionais da comunicação social conhecerem bem os diferentes tipos de assuntos, permitindo-lhes fazer uma abordagem eficaz para a sociedade compreender melhor.
“Nos próximos tempos, vamos debater outros temas fundamentais para a sociedade guineense. Estamos a preparar aquilo que achamos importante no sistema mediático, uma ferramenta de conhecimento da cidadania, por isso são profissionais de comunicação que devem ser dotados dessa ferramenta para poderem passar informações concisas aos cidadãos que lhes permitam emitir a sua opinião e respeitar a opinião de outros”, afirmou.
Por: Aguinaldo Ampa