
A presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), Indira Correia Baldé, desafiou o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a promulgar a lei da carteira profissional dos jornalistas na Guiné-Bissau.
Indira Correia Baldé lançou esse desafio esta sexta-feira, 03 de maio de 2024, no fórum Nacional Público para assinalar o dia Mundial da Liberdade de Imprensa, sob o lema: Salvaguardar a Liberdade de Expressão para a Consolidação Democrática na Guiné-Bissau, por ser um instrumento que vai permitir regular a classe jornalística guineense, valorizar os profissionais e ajudar a sociedade a conhecer melhor o trabalho dos homens da imprensa.
A Sindicalista afirmou que as cíclicas instabilidades políticas que o país tem vivido têm influenciado na vida dos profissionais deste setor.
Indira Correia Baldé convidou o executivo guineense a analisar a proposta do estatuto remuneratório dos profissionais de Comunicação Social.
Na sua comunicação, revelou que a Guiné-Bissau está no lugar 78° do ranking dos Repórteres Sem Fronteiras de 2023 sobre a liberdade de imprensa, no universo de 180 países, subindo apenas 14 lugares em relação ao ano 2022.
“Apesar destes dados, estamos ainda na zona laranja, considerada problemática”, indicou.
O evento de Bissau culminou com o Lançamento do Quadro Nacional Abrangente para a Segurança dos Jornalistas na Guiné-Bissau.
Correia Balde disse que a precariedade continua a fazer parte do dia-a-dia dos profissionais de comunicação social.
Considerou o lançamento do Quadro Nacional Abrangente para a Segurança dos Jornalistas na Guiné-Bissau um marco importante na história do jornalismo guineense, porque irá permitir reduzir a vulnerabilidade dos profissionais de comunicação social, através de uma resposta rápida em caso de ameaça e agressão a um profissional.
Por seu lado, o presidente em exercício do Conselho Nacional da Comunicação Social, Domingos Meta Camará, disse que o Conselho Nacional da Comunicação Social, enquanto órgão de regulação, tem vindo acompanhar as atividades dos media e dos seus profissionais em diferentes situações, acautelando sempre que o quadro legal em vigor seja respeitado de forma integral, bem como os direitos que assistem os jornalistas e que estes cumpram escrupulosamente os seus deveres.
O Embaixador da União Europeia no país, Artis Bertulis, disse que a democracia depende de uma imprensa livre e independente que possa debater questões de interesse público, porque”a reflexão da imprensa complementa o escrutínio público que é essencial para as instituições democráticas”.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A