O Secretário do Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, disse que os 13 quilogramas de droga apreendidas pelas autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa na semana passada, seria vendida pelos políticos que neste momentos se encontram em Portugal para financiar ações de desestabilização da Guiné-Bissau.
“Muitas pessoas foram ao aeroporto de Lisboa naquele dia para esperar aquela droga. Há três meses, eles denunciaram que a droga estava a circular em grande quantidade em Bissau. Foram eles que vieram a ser presos por tráfico de drogas. Afinal eles é que estavam a vender a cocaína!? Mas aquelas pessoas que estavam a espera da droga em Portugal, vamos esperá-las aqui, porque fizeram uma reunião sobre aquela droga e que depois de ser vendida iriam financiar ações de desestabilização do país. Calaram-se, porque a droga foi presa” denunciou, durante um encontro com populares de Cambore, setor de Pitche, região de Gabú, leste do país.
Zé Carlos, como é chamado pelos seus próximos, fez estas alusões sobre os 13 quilograma de droga apreendidas em Portugal sem, no entanto, referenciar em nenhum momento os nome de pessoas que estariam no aeroporto Humberto Delgado a esperar da droga apreendida ao deputado Manuel Irénio Nascimento Lopes.
O deputado “Manelinho” foi detido no dia 7 do mês em curso em Portugal, por suspeitas de tráfico de droga. O deputado foi ouvido pelo juiz de instrução criminal na quinta-feira, 9 de maio, que lhe aplicou a prisão preventiva como uma medida de caução.
ZÉ CARLOS ACUSA POLÍTICOS DE PREPARAR GOLPE DE ESTADO CONTRA PR SISSOCO
O governante que também é alto dirigente do Movimento para Alternância Democrática (MADEM) e que atualmente está suspenso das suas funções do coordenador do partido na província leste, acusou os ativistas de terem sistematicamente insultado os dirigentes do país nas redes sociais.
“Não negamos a critica. Mas é bom criticar sem insultar as autoridades nacionais. Só aqueles que não têm argumentos é que se enveredaram por insultos ao Presidente e suas famílias nas redes sociais. Enquanto estivermos aqui, se alguém insultar as autoridades nacionais, aqui, no país, vamos chamá-lo para justiça, porque lhes é dado dinheiro para insultar os dirigentes deste país” acusou.
O Secretário de Estado da Ordem Pública acusou, na sua comunicação, os líderes dos partidos políticos de estarem a preparar em Portugal um golpe de Estado contra o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Embora não tenha referenciado os nomes dos Presidentes do partidos, José Carlos Macedo afirmou que estes líderes terão reunido duas vez em Portugal com o intuito de delinear estratégias para tirar o chefe de Estado do poder.
“Hoje, todos os líderes dos partidos estão em Portugal. Já se reuniram duas vez em Portugal para tirar Sissoco da cadeira. Há aqueles que estão a preparar o golpe de Estado e outros preparam a marcha. Cada um deles tem o seu plano. Dissemo-los que tudo o que podem estar a preparar em Portugal, nós estamos aqui a espera deles. Aqui é que é o local de fazer política. O coordenador do MADEM convidou, antes de ir para Portugal, todos os políticos e partidos políticos da Guiné-Bissau para um debate político sobre os problemas do país, mas fugiu e foi para Portugal. Será que em Portugal é que vamos debater os problemas do país?! É aqui que vamos debater. Vamos pedi-lhe que venha debater connosco aqui no país” desafiou o também dirigentes do MADEM-G15, num encontro com os populares da aldeia de Cambore, setor de Pitche, região de Gabu, leste do país.
“Como convidava Domingos Simões Pereira e os dirigentes do PRS para irem debater na televisão e nas rádios, nós também o convidamos para um debate frente a frente para discutirmos os problemas do país e não um debete entre ele [Braima Camará] e o Umaro” insistiu.
Por: Tiago Seide
