Um grupo de organizações na diáspora exige a libertação imediata e incondicional de todos os detidos nas celas da segunda esquadra em Bissau e a defesa da liberdade de expressão a todos os cidadãos e cidadãs na Guiné-Bissau.
Através de um manifesto, com slogan “Pela Liberdade de Expressão e de Manifestação na Guiné-Bissau”, que tem um longo número de assinantes, com destaque para a associação para a Cooperação Entre Povos (ACEP), Associação das Mulheres, Profissionais da Comunicação Social da Guiné Bissau, (AMPROCS), Casa da Cultura da Guiné-Bissau (CCGB), Coletivo de Mulheres Africanas Djassi Africa (CMA), Fórum Cabo-verdiano da Sociedade Civil e a Associação dos Estudantes e Amigos da África da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Campus dos Malês, exigem a salvaguarda do direito de manifestação e de protesto, enquanto direito constitucional, não carecendo de autorização prévia das autoridades, assim como a defesa da sociedade civil organizada e dos movimentos cívicos de cidadãos e cidadãs, enquanto forças vitais de uma sociedade democrática, livre e dialogante.
Lê-se na nota que mais de 90 cidadãos e cidadãs guineenses foram arbitrariamente presos pelas forças de segurança, na sequência de uma manifestação pacífica, organizada pela Frente Popular e outras organizações da sociedade civil em diferentes cidades guineenses, com o intuito de denunciar a degradação da democracia e do Estado de Direito no país.
“Os detidos permaneceram mais de 48 horas na 2.ª Esquadra de Bissau em condições desumanas, sob tortura física e psicológica e sem acesso a defesa, permanecendo ainda detidos os dirigentes do movimento cívico” denunciaram as organizações, sublinhando que estes acontecimentos somam-se a outros episódios recentes no país.
Por: Tiago Seide