A Agência de Seguros, Grupo NSIA na Guiné-Bissau lançou na sexta-feira, 17 de maio deste ano, a primeira do B4 do Gestor de Riscos no país, sob o tema: importância dos seguros na gestão de riscos e na economia da Guiné-Bissau.
O evento que se realizou em Bissau contou com as presenças do ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, do diretor geral do grupo SNIA Seguros, Konan Kan SOUNDELE, de Patrik Koffi, diretor de marketing do grupo NSIA, de várias instituições parceiras e pessoas singulares.
O B4 do Gestor de Riscos é uma série de eventos profissionais iniciados pelo Grupo NSIA para as suas filiais do setor dos Seguros. Este evento, que reuniu todos os agentes económicos, é uma plataforma de intercâmbio e de partilha sobre os temas da gestão de riscos e das soluções de seguros em particular. O objetivo do B4 do Risk Manager é sensibilizar e aconselhar as empresas e o público em geral sobre as soluções de seguros.
No seu discurso em francês, Konan Kan SOUNDELE, diretor geral do grupo SNIA Seguros, destacou que, praticamente, não existe risco zero, porque “todos os passos que damos, estamos a correr riscos”.
Sublinhou que o Grupo NSIA e os seus filiais presentes no mercado da Guiné-Bissau desde 2007 e em 12 países da África têm tentado responder e cobrir os riscos, quer ao nível de particulares, quer no âmbito das empresas, tendo destacado os seguros como um elemento fundamental na questão dos riscos e a sua importância não deve ser negligenciada.
“Os seguros são cruciais e importantes para conhecermos esses riscos ligados aos seguros na vida quotidiana, tanto ao nível das empresas como ao nível de indivíduos que queiram investir no futuro a sua família, bem como um país planifica a sua segurança económica e cada uma dessas instituições é extremamente importante”, enfatizou.
Indicou que os seguros permitem transferir uma terça parte dos recursos para solucionar um conjunto de riscos, nomeadamente estragos naturais, perdas financeiras, acidentes corporais que muitas vezes acontecem nos nossos locais de trabalho ou mesmo as responsabilidades civis, razão pela qual continua a acreditar na importância dos seguros e o seu valor económico no país.
Desafiou os decisores políticos e os reguladores da Guiné-Bissau a tomarem em consideração os fatores de risco na elaboração das suas políticas, porque “a indústria dos seguros poderá proteger o mercado” e recomendou um trabalho conjunto de todos os atores, cada um no seu posto, na sua posição e em diferentes níveis para fazer do seguro uma alavanca de desenvolvimento
Por sua vez, Patrik Koffi, diretor de marketing do grupo NSIA, destacou a iniciativa do Grupo NSIA como um ato pan-africanista aos serviços financeiros com um volume de negócios, em 2023, de mais de quinhentos (500.000.000) milhões de euros, com cinco filiais de bancas, vinte e duas agências filiais seguradoras em 12 países da África.
Anunciou que em 2025, o Grupo NSIA capitalizará 30 anos em gestão de esquemas, coberturas de riscos para as empresas e para os particulares em toda a África e que um dos desafios do Grupo é, segundo as normas internacionais, criar soluções de cobertura não só de qualidade de seguros, bem como inovadoras e dinâmicas, sem pôr em causa o tamanho da empresa, a sua personalidade jurídica, o seu setor de atividade ou a categoria socioprofissional do indivíduo, por isso tem promovido campanhas de informações e de sensibilização sobre a evolução de riscos em diferentes países onde o Grupo tem parcerias.
“Existem novos desafios e esses desafios criam riscos. No continente africano, existem vários riscos como as epidemias, as catástrofes naturais de origem humana, sobretudo os ciberataques. O grupo deve ter um impacto no tecido guineense, através dos seus pólos de seguradores”, avisou.
O ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, criticou que a fuga de riscos de contrato de assegurar para fora do território nacional por parte de algumas empresas, proibida pelo artigo 305º do Código da Conferência Interafricana de Mercadorias (CIMA), tem impactado a economia, diminuído os prémios da coletada de receitas fiscais, criando um déficit significativo para as companhias seguradoras locais.
“Esses riscos não deveriam ser alocados para os países sem uma autorização prévia do ministro responsável pelo setor de seguros, o Ministério das Finanças. Os riscos devem ser minimizados de todas as formas e combatidos para evitar comportamentos desta natureza na Guiné-Bissau”, defendeu.
Desafiou todas as empresas que operam no país e os empreendedores que entrarem na Guiné-Bissau a terem em consideração o setor de seguros no plano financeiro das respetivas empresas, lembrando que no plano económico, os seguros representam algo crucial na segurança, na estabilidade económica, no empreendedorismo e na promoção de investimento e de conhecimento público.
Por: Filomeno Sambú