O governo lançou esta quarta-feira, 29 de maio, uma ferramenta digital denominada “Blockchain”, que permitirá a transparência e controle dos recursos humanos da administração pública e da massa salarial da função pública.
Esta ferramenta de controlo vai ser gerida pelos ministérios das Finanças, da Administração Pública e o Tribunal de Contas. Blockchain, de acordo com a informação, é um mecanismo de banco de dados avançado que permite o compartilhamento transparente de informações no sistema e a Guiné-Bissau é um dos primeiros países da África Ocidental a implementar este sistema.
O primeiro-ministro, Rui Duarte de Barros, afirmou no seu discurso que a ferramenta vai reforçar a transparência na gestão dos recursos humanos, sobretudo da massa salarial, porque conforme disse, a massa salarial do país é um grande constrangimento deparado pelo executivo e que está acima de 80 por cento das receitas fiscais arrecadadas.
O chefe do executivo de iniciativa presidencial garantiu que a ferramenta vai permitir o maior controle dos recursos humanos da administração pública e da massa salarial, para de seguida, alertar sobre os respectivos dispositivos ou decretos-leis que existem para o cumprimento das leis.
O governante realçou que o importante da ferramenta é que o país tenha o controlo sobre a massa salarial, bem como dos ataques que poderão aparecer, particularmente dos hackers.
Por sua vez, o ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, assegurou que o sistema ora lançado será um desafio para toda a administração pública, uma vez que vai permitir um maior controlo detalhado em tempo oportuno dos recursos humanos e da massa salarial na administração pública. Garantiu ainda um total empenho na implementação eficaz do Blockchain em toda administração pública do país.
O titular da pasta das Finanças anunciou que até final do mês de junho próximo serão concluídas as acções necessárias para alargar as funções do sistema de Blockchain a todos os ministérios.
“Para isso, nós comprometemos a atualizar as orgânicas dos ministérios, das secretarias do Estado, regulamentar a composição do gabinete de órgãos de soberania e criar um diploma que define os quadros orgânicos e pessoal do ministério e da secretaria do estado”, contou.
O governante informou na ocasião que a partir de hoje não será permitido a introdução de cadastro porque o sistema deixou de integrar os recursos humanos da administração pública sem que haja estrita observância dos procedimentos legais.
Vieira Té diz esperar que com a nova ferramenta o país alcance vários benefícios importantes, designadamente a transparência em que todos os dados dos funcionários, de pagamento a realizar pela administração pública sejam acessíveis e auditáveis, permitindo uma monitorização contínua e garantindo a confiança na gestão dos recursos públicos.
Por: Carolina Djeme