O Sindicato de base dos trabalhadores da Imprensa Nacional, INACEP-ECP, ameaçou esta sexta-feira, 31 de maio de 2024, fechar as portas na próxima semana, paralisando todos os serviços caso não sejam chamados para uma negociação.
A ameaça foi tornada pública em conferência de imprensa pelo Presidente do Sindicato Mohamed Lamine Monteiro, na qual pediu um diálogo sério entre a primatura e a Presidência da República como forma de encontrar possíveis saídas da situação da imprensa Nacional, para de seguida convidá-los a visitarem aquela instituição pública para constatarem o estado em que se encontra o INACEP-ECP.
Sindicato de Base de Funcionários da INACEP exigiu entre outros pontos constantes no pré-aviso de greve entregue ao governo, o pagamento inegociável de dois meses de salário em atraso, o cumprimento imediato e na íntegra do estatuto da INACEP aprovado pelo Conselho de ministros e promulgado pelo Presidente da República, publicado no suplemento do boletim oficial Número 12 de 23 de Março de 2021.
No que concerne à violação do estatuto que determina que todos os documentos do Estado deve vir para Guiné-Bissau, o sindicalista alertou que hoje em dia, a Imprensa Nacional de Guiné-Bissau perdeu quase todos os seus valores tendo em conta a violação do estatuto que começou pelo próprio ministério da tutela que suspendeu o antigo diretor geral Zacarias Balde nomeado em conselho de ministros sem justificação nada no seu despacho.
Denunciou por isso que alguns documentos do estado são imprimidos numa empresa privada e que, o mais caricato é que o caderno eleitoral ou de atualização foi impresso numa empresa privada, perante esta situação, o sindicalista alertaou que não existe um local mais seguro na Guiné-Bissau para produzir documentos de estado do que a INACEP.
Perante esta situação, Mohamed Lamine Monteiro pediu a ministra da Comunicação Social, a tutelar da área, a ter flexibilidade de aparecer na INACEP para que possam discutir os assuntos da Imprensa Nacional
O sindicalista denunciou que aquela instituição do estado está há mais de vinte anos sem pagar a segurança social, para além disso tem dívidas internas contraídas há mais de noventa meses.
Por outro lado, Mohamed Lamine Monteiro denunciou que o ministério das Finanças tem uma dívida com a INACEP de mais de um bilhão de francos CFA.
Por: Carolina Djeme