O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta quinta-feira, 27 de junho de 2024, que qualquer cidadão tem direito a fazer manifestação, mas em nenhum momento permitirá a desordem, caso contrário haverá uma resposta adequada para cada ato por parte do Ministério do Interior.
Sissoco Embaló falava aos jornalistas à saída da reunião ordinária do Conselho de Ministros, tendo frisado que o pedido de demissão de quatro membros do governo é uma “rotina normal”.
“Um membro do governo pode pedir para sair como também o primeiro-ministro pode fazê-lo, se perder a confiança, sem qualquer problema. Os que foram exonerados, pediram demissão e o chefe do governo aceitou sem problema e o preenchimento das vagas dependerá do primeiro-ministro, quando apresentar as propostas. Está a preparar a remodelação governamental”, disse.
Sobre a quarta vaga de greve da Frente Social que paralisou os setores da saúde e da educação, o chefe de Estado disse que não quer entrar em grandes comentários, porque” o papel de um Presidente da República é de ajudar a regular o funcionamento normal das instituições e o relacionamento entre governo e sindicatos”.
Questionado para quando vai esclarecer quem são os políticos e partidos políticos que receberam o dinheiro nas eleições, Umaro Sissoco Embaló disse que não gosta de teatro, nem de pessoas ingratas que não reconhecem, muito menos valorizam algo dado.
“Este é um Conselho de Ministros Ordinário, onde abordamos várias questões, entre as quais a criação da comissão centenária de Amílcar Cabral, que irá começar no mês de setembro e prolongar-se-á até dezembro do ano em curso. Debruçamo-nos também sobre a marcação das eleições legislativas. Em breve poderá acontecer”, anunciou.
Sissoco Embaló disse ter pedido já ao ministro da Administração Territorial para lhe informar sobre a situação de atualização dos cadernos eleitorais para que possa marcar a data das eleições.
“O parlamento está dissolvido e já tenho data indicativa, mas é preciso cumprir os procedimentos constitucionais, consultas com os partidos políticos”, sublinhou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A