Os líderes militares do Mali, Burkina Faso e Níger assinaram o ato constitutivo da Confederação dos Estados do Sahel (CES) no sábado, 6 de julho de 2024, em Niamey, capital do Níger, na qual nomearam o Coronel Assimi Goïta, líder da transição do Mali, Presidente do CES, que teria o seu parlamento em Ouagadougou, no Burkina Faso.
Esta aliança tornou-se este sábado numa confederação de cerca de 72 milhões de habitantes, com o objetivo de “dar mais um passo no sentido de uma maior integração entre os Estados-membros”, segundo o comunicado final da cimeira.
De acordo com o mesmo documento, a nova Confederação dos Estados do Sahel (CES) vai criar um banco de investimento e um fundo de estabilização.
Estes três países anunciaram, em Janeiro último, a sua saída da CEDEAO, organização que consideram explorada pela França, antiga potência colonial com a qual têm aumentado os atos de ruptura.
Ainda no sábado, na abertura da cimeira, o líder do regime militar nigerino, Abdourahamane Tiani, disse que os povos dos seus três países “viraram irrevogavelmente as costas à CEDEAO”.
O General Tiani falou perante os seus homólogos, burquinabe, o Capitão Ibrahim Traoré, e Maliano, o Coronel Assimi Goïta.
Os três líderes, todos vestidos com roupas militares, dirigiram-se por volta das 13h00, hora local, para o centro de conferências de Niamey, onde se realizou a cimeira sob alta segurança.
O General Tiani apelou a que a AES seja uma “alternativa a qualquer agrupamento regional artificial, através da construção de uma comunidade soberana de povos, uma comunidade afastada do controlo das potências estrangeiras”.
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