O dirigente do Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15), General Sandji Fati, disse que o momento é de discutir como deverá ser elaborado o melhor sistema nacional de saúde e da educação, como também desenvolver as infraestruturas rodoviárias, por isso apelou a todas as forças políticas que apoiam o segundo mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló a trabalharem no sentido de conseguir a maioria no Parlamento, nas próximas eleições legislativas.
“Temos que trabalhar para que possamos ter uma maioria no Parlamento. Todos nós temos que prepararmo-nos e trabalhar para termos o maior número de deputados no Parlamento, nas eleições legislativas. Estamos a falar do PTG, RGB, Partido Luz, ANC e todos aqueles partidos que manifestaram a disponibilidade para apoiar o segundo mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló”, advertiu o coordenador do MADEM-G 15 para o setor autónomo de Bissau, durante um encontro com as estruturas do partido de Bissau e que reuniu diferentes personalidades políticas, numa das unidades hoteleiras de capital.
Fati, que foi suspenso da sua função de coordenador do partido do SAB pelo Conselho Nacional de Direitos do MADEM-G 15, disse que continua a ocupar a mesma função e que esteve no encontro com as estruturas do partido enquanto coordenador do partido do SAB.
“Eu sei o que o Presidente da República tem na sua carteira, em termos da iniciativa, alcatroar as nossas estradas. O próximo mandato, queira Deus, não haverá problemas deste género que as pessoas estão a falar e vai ser uma outra coisa”, disse, apelando às estruturas do partido, como também todas as formações políticas e personalidades políticas que apoiam o Presidente Embaló, a trabalharem e concentrarem no foco principal.
Assegurou que neste momento não há outro caminho senão unir esforços para trabalhar afincadamente para os próximos embates eleitorais, “porque estamos numa situação em que há uma união de todas as partes contra o General Umaro Sissoco Embaló. Isso impõe-nos a termos uma coligação capaz de enfrentar essas ameaças”.
Assegurou que vão trabalhar no sentido de consolidar a referida coligação antes das eleições, contudo reafirmou que reuniu com as estruturas do partido na qualidade de coordenador do setor autônomo de Bissau do MADEM.
“Continuo a ser o coordenador do SAB e vamos dinamizar todas as estruturas que estão connosco para de facto podermos enfrentar novos desafios”, enfatizou.
Questionado sobre a informação que circula em como tem a intenção de disputar a liderança do MADEM-G 15, respondeu: “isso está fora de questão. Eu nunca trai e não gosto de trair, mas agora não consigo pautar-me com as pessoas que violam os estatutos e as lei. Eu sou muito sensível a isso”.
“NUNO NABIAM QUER CRIAR PROBLEMAS, MAS NÃO VAI CONSEGUIR”
O político disse que o antigo chefe do governo, Nuno Gomes Nabiam, quer criar problemas na Guiné-Bissau, mas não vai conseguir, tendo explicado que a questão de armamento levantada pelo Nabiam hoje, dizendo que a Turquia enviou armamento para o pais, é verdade, mas esclareceu que os mesmos são destinados para as forças armadas guineenses e não para o corpo de segurança do Palácio da República.
Fati disse que se as forças armadas receberem armamentos não devia ser novidade para as pessoas, “porque é a estrutura para tal e só podia ser novidade, quando um banco recebesse armamento”.
Informou que o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biague Na N’Tan e o vice-chefe de Estado-Maior, Mamadu Turé, e ele [Sandji Fati] na qualidade do ministro da defesa nacional na altura, foram receber contentores um por um que continham diferentes tipos de armamentos e que os mesmos foram caminhados para o Estado-Maior das Forças Armadas.
“Eu ouvi Nuno Gomes Nabiam a falar e cheguei a conclusão que tudo que pensava sobre ele é assim mesmo, porque foi o meu primeiro-ministro. Várias pessoas pensavam que depois de sair de barraca de fanado, traria inovação, mas infelizmente é pena ouvir Nuno Nabiam duvidar de mim como General. Não quero acreditar, se na verdade foi Nabiam que fez esse tipo de declaração”, sublinhou.
Sobre a promoção de chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, a patente de General do Exército, Fati, explicou que o Presidente Embaló foi promovido a General de Exército porque ele era o Brigadeiro-General, antes de ser chefe de Estado.
“De acordo com a Constituição da República, quando assumir a função do Presidente da República, desempenha a função do Comandante Supremo das Forças Armadas também, que na hierarquia militar estará acima de qualquer chefe militar. Para ser atribuído a patente do General do Exército, o Conselho militar reuniu-se e depois enviou o documento para o Conselho Superior Militar que é dirigido pelo ministro da defesa nacional e maioria aceitou que Sissoco seja promovido a General de Exército de quatro estrelas. Como é possível que Nuno Gomes Nabiam na qualidade do primeiro-ministro não saber disso?”, questionou.
Por. Assana Sambú
