A Frente Popular, uma iniciativa de ativista sociais que congrega diferentes organizações da sociedade civil guineense, agendou a segunda manifestação em todo território nacional e na diáspora para o dia 27 do mês em curso, com o propósito de exigir a liberdade, direito a saúde, educação e a manifestação, mas também vão manifestar-se contra o regime ditatorial que dizem estar a ser implementado na Guiné-Bissau.
A informação foi avançada esta sexta-feira, 12 de julho de 2024, por um dos membros da Frente Popular, Nkanande Ka, durante uma conferência de imprensa, realizada na Casa dos Direitos, em Bissau, na qual apelou a população guineense a sair em massa a fim de defender os seus direitos que estão a ser violados pelas atuais autoridades.
Nkanande Ka disse que aquela organização estranhou quando ouviu o atual Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, afirmar que as cartas da anterior manifestação de 18 de maio não obedeceram os devidos procedimentos e também dizer que as pessoas que foram raptados não forem espancadas. Isso é uma pena, porque as imagens das pessoas espancadas correram o mundo todo, através das redes sociais, de maneira que é triste ouvir as declarações na voz de um governante a tentar confundir a opinião pública.
“Sentimos uma certa estranheza, porque o José Carlos Macedo Monteiro, havia pedido demissão, mas no entanto não ouvimos nenhuma comunicação da parte do Presidente da República, mostrando que foi aceite o pedido ou não, mas ele ainda continua a ocupar o cargo. Afinal das contas a Guiné-Bissau está a ser regida por leis que se baseiam nos princípios de convivência e isso nos estranha-nos bastante”, lamentou.
Nkanande Ka, informou que as pessoas que fazem parte da Frente Popular estão a lutar para que a Guiné-Bissau possa ser levada de forma verdadeira no concerto das nações e para que nenhum guineense se envergonhe ao sair do país, porque o seu passaporte vai ser revistado. E estas são as situações que nos motivaram a levantarmo-nos e defender e não pessoa física, mas contra o regime que está ser implementado na Guiné-Bissau.
Por: Aguinaldo Ampa