LÍDER DO PARTIDO LUZ ALERTA QUE A SITUAÇÃO POLÍTICA VIVIDA PODE LEVAR O PAÍS A GUERRA E ASSASSINATOS 

O presidente do Partido Luz da Guiné-Bissau (PLGB), Lesmes Mutna Monteiro, alertou que a Guiné-Bissau está numa fase de saturação política, que na sua opinião, se não for gerida com bom senso é capaz de levar o país às situações como as que ocorreram no passado, a guerra, assassinatos, pancadarias e tentativas de golpe de Estado. 

O jovem político e jurista fez estas observações durante uma conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, 24 de julho de 2024, num dos hotéis de capital Bissau para pronunciar-se sobre a atual situação política vigente no país.

Lesmes Monteiro disse que a Guiné-Bissau está cheio de histórias de género, mas o que lhe deixa mais triste é ver a classe política guineense a não apreender com os erros e lições do passado, pensando apenas a forma como podem chegar ao poder e procurar quem é culpado no momento em que vivemos, esquecendo valores e princípios que orientam uma sociedade no bem comum.

O líder do partido Luz da Guiné-Bissau, assegurou que quando os políticos atingem limite de saturação, raiva e decepção, procuram sempre uma pessoa que possa ser culpada em como ele é responsável da situação vivida no sentido de poder tirar esmola com aquela pessoa com a ilusão de que o país viverá melhor, como aconteceu no passado com alguns dirigentes nacionais. Acrescenta que os guineenses perderam a capacidade de discutir ideias e saber onde está o mal, mas usam formato de intriga, calúnia e entre atos que não abonam para a convivência normal.

“Neste momento, a configuração política que está ser feita no país nomeadamente, Coligação Aliança Inclusiva PAI Terra-Ranka, Assembleia do Povo Unido-Partido democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e Movimento para Alternância Democrática (MADEM G-15) é procurar uma pessoa que é culpada, neste caso Umaro Sissoco Embalo, para tirá-lo do poder e isso não é bom para o bem do país e da democracia guineense”, lamentou.

Monteiro disse que continua a ouvir algumas pessoas a falarem da existência da Assembleia Nacional Popular que para o Partido Luz é uma coisa extemporânea porque mesmo que não o tivessem derrubado na altura e quando completasse um ano podia também ser dissolvida, de maneira que não faz sentido estar a insistir para reativar o Parlamento.

O dirigente político, lembrou que já tinha chamado atenção sobre a questão de caducidade da Comissão Nacional de Eleições, em como devia ser primeiro assunto a ser discutido logo após a formação do Parlamento, mas o partido que ganhou as eleições elegeu outras prioridades como aumentar os salários do presidente da ANP, assessores e chefe de gabinete e roubar seis bilhões de francos CFA para pagar dívidas da campanha eleitoral a fim de capitalizar para os próximos embates eleitorais e culminou no caso 30 de novembro e 01 de dezembro que resultou na queda do Parlamento.

Por: Aguinaldo Ampa

Author: O DEMOCRATA

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