O ministro da Economia e Integração Regional, Soares Sambú, alertou que os Estados membros da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA) não devem fracassar, abandonando a ambição da integração regional, por quaisquer que sejam as dificuldades atuais ou futuras.
Soares Sambú, que discursava esta quarta-feira no âmbito das celebrações dos 30 anos da criação da União, destacou o atual momento da UEMOA como um “grande exercício” e “muito oportuno neste momento difícil da nossa organização comunitária”, tendo convidado todos os conferencistas a participarem ativamente nos trabalhos para o bem da organização.
“Somos todos cidadãos da União e devemos utilizar todas as nossas energias positivas para garantir o progresso e a sustentabilidade. Não temos o direito e nem devemos fracassar, abandonando a ambição de integração regionais, por quaisquer que sejam as dificuldades atuais ou futuras”, precisou.
“Qualquer que seja turbulência que ela [UEMOA] atravesse ou venha a experimentar, temos que prosseguir os ideais dos pais fundadores da nossa União”, desafiou e disse que a conferência que se realiza no âmbito dos 30 anos da UEMOA deve constituir um quadro ideal para apresentar às partes nacionais interessadas a avaliação dos 30 anos para discutir as realizações e conquistas, bem como as perspetivas para os próximos anos.
O ministro da Economia, Plano e Integração Regional realçou o papel fundamental da UEMOA no processo do desenvolvimento da Guiné-Bissau:
Em representação do chefe do governo, Soares Sambú disse que, para além do processo da integração monetária, a União lançou as bases para a integração económica, a consolidação da governação económica regional, do desempenho dos Estados membros na implementação das reformas e políticas comunitárias.
Disse que a média de crescimento, de 2012 a 2022, foi de 5,75 por cento e a inflação se estabilizou em torno dos três por cento, tornando a UEMOA uma das zonas económicas mais resilientes face aos choques externos.
Soares Sambú destacou no seu discurso que, para além das realizações e conquistas, que seria fundamental também olhar para a evolução do mundo e o impacto na UEMOA, porque “o caminho a seguir será ainda difícil”, apenas se tornará acessível com a colaboração, empatia de todos, sobretudo neste momento crucial em que todos os Estados membros e o mundo enfrentam desafios económicos exigentes.
Por: Filomeno Sambú