As forças de segurança dispersaram este sábado, 03 de agosto de 2024, manifestantes da Frente Popular e elementos da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) que preparavam uma manifestação conjunta para exigir a liberdade de expressão, de manifestação e direitos humanos.
A manifestação foi organizada conjuntamente pela Frente Popular, pelo braço da UNTG liderado por Júlio António Mendonça e pela organização, Proletarados Revolucionários da Guiné “Cassaca 64” realizada no dia em que se assinala o dia dos Mártires de Pindjiguiti, 03 de agosto, celebrado no país para render homenagem aos marinheiros mortos pela polícia colonial quando reivindicavam a melhoria de condições de trabalho no Porto de Bissau.
A polícia alega na sua decisão que a carta da Frente Popular entregue ao Ministério do Interior e da Ordem Pública para solicitar a realização da marcha não foi autorizada, como também afirma que de acordo com a informação recebida da “Ordem Superior” não foi autorizada nenhuma manifestação devido a situação em que se encontra o país e que “pode haver um infiltrado capaz de criar situações anormais e, por isso não podem autorizar a realização de uma manifestação mesmo sendo para homenagear os mártires de Pindjiguiti”.
Os ativistas das duas organizações e trabalhadores associados da UNTG dirigido por Júlio António Mendonça, tentaram depositar coroas de flores no Jardim da “Praça dos Combatentes Desconhecidos”, em frente do edifício da Assembleia Nacional Popular, com o intuito de render uma homenagem aos mártires de Pindjiguiti, mas foram impedidos e dispersas pelos elementos das forças de segurança. Os manifestaram decidiram caminhar em direção ao escritório de Júlio Mendonça, onde queriam prestar uma declaração à imprensa e as forças de segurança impediram igualmente os manifestantes de se concentraram no escritório de Júlio Mendonça, situado atrás da Embaixada do Brasil.
Os responsáveis destas organizações decidiram cancelar a declaração aos jornalistas alegando falta de condições tendo prometido que assim que forem criadas as condições para a mesma, convocarão a imprensa para pronunciarem-se sobre a manifestação impedida pelas forças de segurança.
Por: Aguinaldo Ampa