O Coordenador da Frente Popular, Armando Lona, apelou esta quarta-feira, 07 de agosto de 2024, ao povo guineense que continue não só a reclamar que merece ter melhor país, mas também levantar-se para exigir, sem violência, o ponto final da situação que o país está a viver ao longo de tempos e não apoiar algo anormal em que as leis estão a ser atropeladas.

Adiantou que não é possível pensar manter dois milhões de habitantes em miséria, quando outros estão a resolver problemas de 20 milhões de habitantes nos seus países,  de maneira que é necessário fazer os guineenses acreditarem na esperança e prosperidade.

Por isso, disse Lona, é necessário reivindicar porque nada cai do céu à bandeja para o bem-estar de qualquer país, mas sim exige o sacrifícios e a entrega para resgatar a nação guineense.  

Armando Lona falava numa conferência de imprensa, realizada na Casa dos Direitos, na qual disse que o compromisso dos elementos da Frente Popular não será negociado, porque em nenhum momento pautaram-se pela violência, enquanto filhos da Guiné-Bissau, de maneira que ninguém pode retirar-lhes a determinação de lutar pelo país. 

Adiantou que não é possível falar de autoridade de estado, quando se envia agentes de força de ordem para espancar os cidadãos, tal como aconteceu na manifestação anterior, afirmando que isso é tudo menos um estado de direito democrático.

O líder da Frente Popular assegurou que a organização que dirige irá continuar a fazer a exigência e defender para que a Guiné-Bissau saia da miséria que está a ser vivida em todos oscantos do país, para a prosperidade.

Acrescentou que neste momento para que um guineense encontre um saco de arroz, tem que fazer muito esforço, deve esforçar-se para conseguir um tratamento adequado podendo, por vezes, viajar para o estrangeiro e deslocar-se de uma zona para outra, o que se torna difícil, por causa da degradação das infraestruturas rodoviárias.

Sendo assim, insistiu, os guineenses não podem conformar-se com essa situação e devem levantar-se para exigir dos governantes para melhorarem a governação.  

“A atitude dos agentes policiais no passado 03 de agosto, quando impediram a manifestação daquela organização é de louvar, porque foi diferente da atuação nas manifestações anteriores, sendo que conversaram com eles de boa forma e compreenderam que na verdade, os agentes policiais estavam com medo da ordem superior e prova disso um dos comandante afirmou que podia assumir e deixar a manifestação acontecer se fosse apenas a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné a organizar a manifestação, mas como juntou-se com a Frente Popular, não iria ser possível”, sublinhou.

Armando Lona garantiu que todas as acções que serão levadas a cabo no futuro, vão ser dentro de limites da lei e não para agradar alguém, mas sim respeitar as regras que balizam a sociedade e a República da Guiné-Bissau. 

Acrescentou que todas as pessoas que estão a ser chantageadas para utilizarem violência contra os seus irmãos guineenses devem saber que a Guiné-Bissau é um país de dinâmica e as coisas mudam e aquilo que estão a fazer ser-lhes-á retribuída a mesma moeda.

Por: Aguinaldo Ampa