O vice-coordenador do Movimento para a Alternância Democrática – Grupo 15, Fidélis Forbes, disse estar disposto a assinar uma subscrição para exigir a realização de um congresso extraordinário, mas se tudo for feito na base do respeito escrupuloso dos estatutos.
“Qualquer subscrição para o requerimento do congresso extraordinário, estou disponível para assiná-la, mas só quando forem respeitados todos os pressupostos estatutários. Muitas pessoas afirmaram nas redes sociais, que eu já tinha assinado este requerimento, vou dizer-lhes que eu subscreverei aquele requerimento, desde que forem respeitados os estatutos, porque o congresso extraordinário é um mecanismo previsto nos estatutos”, assegurou o dirigente político na sua comunicação na manhã deste domingo, 11 de agosto de 2024, no salão de reuniões da sede nacional do MADEM, em Bissau, para falar da sua posição política concernente a crise interna que se regista no seio daquela formação política que detém a segunda maior força no Parlamento guineense.
Fidélis Forbes, recentemente exonerado do cargo do ministro das Infraestruturas e Urbanismo no governo de iniciativa presidencial, explicou que o congresso extraordinário é realizado na base de algum motivo, tendo questionado “se um dos motivos por detrás da realização deste congresso que se perspetiva é para destituir a direção de que eu próprio faço parte? É para esclarecer a liderança do MADEM? Ou é para reunificação da família do MADEM-G 15 e, consequentemente criar condições para que haja uma coesão interna dentro do nosso partido?”
Lembrou na sua comunicação que reuniu-se com o coordenador nacional em Lisboa, depois de várias tentativas por contatos telefônicos e mensagens no sentido de se reunir com Braima Camará.
“Fiz uma semana em Lisboa a tentar um encontro com o Coordenador Nacional e sem sucesso, mas quando começou a circular a minha declaração sobre a minha determinação de subscrever a lista para exigir a realização do congresso e desde que fossem cumpridos os estatutos. Braima Camará ligou-me para agendar um encontro no qual depois abordamos a questão do partido, mostrou-me o seu desagrado sobre a minha posição, mas afirmei ao Coordenador que a minha declaração está na base dos estatutos, contudo disse-me que eu deveria comunicar muito cedo a minha intenção de assinar a lista enquanto seu vice-coordenador”, contou.
O vice-coordenador do MADEM exortou os dirigentes que decidiram avançar com a convocação do congresso para o dia 17 do mês em curso de suspenderem imediatamente a convocação do congresso extraordinário por ter ferido os estatutos da lei, como também para voltarem ao partido e discutir os problemas no fórum próprio.
“Quero igualmente exortar o nosso coordenador nacional, Braima Camará para regressar rapidamente ao país e convocar os órgãos para que possamos debater internamente os problemas do partido, se não, eu mesmo começarei com a iniciativa de mobilizar um terço dos membros do Conselho Nacional para realização do congresso extraordinário”, advertiu o político.
Forbes apelou os militantes e dirigentes do partido no sentido de lutarem incessantemente para defenderem os estatutos do partido, tendo lhes aconselhado para não colocarem em causa a integridade moral e física dos camaradas que entenderam que estão a defender o que acham estar correto, “temos que convidá-los para um debate no partido e chegarmos ao entendimento”.
Refira-se que na última sexta-feira, 09 de agosto, um grupo de dirigentes do MADEM, sob a liderança de Sandji Fati, coordenador do SAB do partido, suspenso por Conselho de Direito, anunciou a realização do primeiro Congresso Extraordinário do partido no dia 17 do mês em curso em Gardete arredores de Bissau, sob o lema “Juntos renovamos o MADEM G-15 e o democratizamos”.
Por: Assana Sambú