O presidente da Comissão Organizadora do primeiro congresso extraordinário do Movimento para a Alternância Democrata – Grupo 15 (MADEM-G 15), Tomás Gomes Barbosa, confirmou esta segunda-feira, 12 de agosto de 2024, a realização do primeiro congresso extraordinária do partido agendado para o dia 17 do mês em curso.
“Queremos tranquilizar os militantes e dirigentes do MADEM-G 15 do que é irreversível a realização do congresso extraordinário. Algumas pessoas estão a desinformar nas regiões que o congresso foi cancelado. Queremos tranquilizar e assegurar os dirigentes e militantes que o congresso vai ser realizado, porque o MADEM está doente e precisa de ser levado ao médico para ser diagnosticado e curado”, disse o também Secretário Nacional adjunto do MADEM-G 15, durante a conferência de imprensa realizada hoje numa das unidades hoteleiras de Bissau para confirmar a realização do congresso extraordinário, numa altura em que se fala do regresso a Bissau do Coordenador Nacional do MADEM-G 15, Braima Camará, proveniente de Lisboa (Portugal).
Por sua vez, Sandji Fati, coordenador da comissão política para o setor autónomo de Bissau, suspenso pelo conselho do direito do partido, apelou aos dirigentes para estarem firmes para o congresso agendado para o dia 17 de agosto de 2024.
“Pedimos aos camaradas que venham juntar-se connosco, porque não vamos juntarmo-nos a eles, mas sim devem vir para esta zona”, esclareceu o político, respondendo desta forma ao apelo feito pelo vice-coordenador, Fidélis Forbes, que ontem (domingo) pediu aos altos dirigentes de suspenderem o congresso extraordinário agendado e juntar-se ao partido para debater internamente sobre os problemas do país.
“A melhor forma de curar um doente é diagnosticá-lo para conhecer de fundo a doença. E nós fizemos este diagnóstico e concluímos que o problema do MADEM é dor de barriga, por isso temos que curá-lo”, disse Fati, que foi suspenso da sua função de coordenador da comissão política do SAB pelo conselho de direito do partido.
Sandji Fati aproveitou a ocasião para reafirmar aos dirigentes e militantes que existem condições para a realização do primeiro congresso extraordinário do MADEM-G 15.
Para o coordenador da comissão política da região de Gabú, José Carlos Macedo Monteiro, que também foi suspenso da sua função de coordenador da comissão política regional, o congresso extraordinário, de acordo com o estatuto é convocado por iniciativa do coordenador nacional ou por subscrição de mil militantes do partido.
“Fizemos uma subscrição de três mil assinaturas de militantes e entregamos à primeira vice-coordenadora, a quem o estatuto dá poderes para o efeito na ausência do coordenador nacional. A primeira vice-coordenadora do MADEM, Hadja Satu Camará Pinto, recebeu a subscrição e despachou o documento que permite a realização do congresso extraordinário agendado, inclusive entregamos o documento ao partido”, contou.
Revelou, neste particular, que a crise interna que se regista no partido levou os vice-coordenadores a escreverem uma carta endereçada ao Coordenador Nacional, Braima Camará, na qual solicitaram-no para voltar ao país e reunir os órgãos para analisar a situação do partido, mas este (Braima Camará) recusou ouvir os seus vice-coordenadores.
Avançou que a carta foi assinada por Marciano Silva Barbeiro, que na altura substitui o Coordenador Nacional, tendo avançado que Braima Camará não ouve os seus coordenadores e que deixou o partido nas mãos do Secretariado Nacional, Abel da Silva Gomes, Abdu Mané, presidente do Conselho de Direito e Arcénio Djibril Mané.
Macedo alertou aos dirigentes que neste congresso participará apenas o delegado do último congresso e que não será permitido a presença de qualquer pessoa, ou seja, quem não foi o delegado no último congresso ordinário.
Refira-se que os altos dirigentes agendaram o congresso extraordinário no ilhéu de Gardete, setores de Prábis, região de Biombo, sob o lema “Juntos renovamos o MADEM G-15 e o democratizamos”.
O último congresso ordinário do MADEM-G 15 decorreu de 30 de setembro a 02 de outubro de 2022, no ilhéu de Gardete, que contou com a presença de 2.515 delegados, provenientes de todo o território nacional e da diáspora.
Por: Assana Sambú
