Hadja Satu Camará, veterana de guerra, foi eleita no primeiro congresso extraordinário Coordenadora Nacional do Movimento para a Alternância Democrática – Grupo 15 (Madem-G 15) com mil e cinquenta votos a favor, sessenta e um contra e quatrocentos e dois abstenções, num universo de mil e quinhentos e treze delegados ao congresso.
Nas novas estruturas do partido, segundo as deliberações saídas do congresso extraordinário deste sábado, 17 de agosto de 2024, o Madem-G 15 passa a ter agora oito vice-coordenadores no seu presídio, nomeadamente e por ordem: Marciano Silva Barbeiro, Júlio Baldé, Soares Sambú, Aristides Ocante da Silva, Doménico Oliveira Sanca, Sandji Fati, Tomás Gomes Barbosa, e Maria da Conceição Évora, oitava vice-coordenadora do Madem-G15.
Os delegados ao congresso mandataram o Conselho Nacional a proceder, depois dos trabalhos técnicos do secretariado, o preenchimentos das vagas existentes no Conselho Nacional, na Comissão Política Nacional, nas Organizações Sociopolíticas (organizações das mulheres, da juventude, dos anciões, etc) e nas estruturas regionais, bem como saudaram e congratularam-se com os fundamentos apresentados para a realização do primeiro congresso extraordinário do partido que teve lugar no “Espaço Polon”, no bairro de Enterramento, junto ao antigo aquartelamento do Serviço Material, em Bissau .
Os delegados do primeiro congresso extraordinário felicitaram ”efusivamente” o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, pelos “excelentes resultados que tem obtido no exercício das funções da mais alta magistratura da nação” e encorajaram-no a prosseguir a sua missão de promoção do desenvolvimento e da boa imagem do país e, por conseguinte propuseram por aclamação, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, como o presidente de honra do Madem-G 15.
Os congressistas elogiaram o elevado espírito da democracia interna e de idoneidade política a que se deram ao longo dos trabalhos e felicitaram a comissão do congresso pelo eficaz trabalho. De seguida foi lida a moção de felicitação que foi aprovada sem nenhuma objeção.
NOVA COORDENADORA NACIONAL DO MADEM EXORTA MILITANTES E DIRIGENTES AO RESPEITO NA ÍNTEGRA DOS ESTATUTOS
Depois de ter sido declarada nova Coordenadora Nacional do Movimento para Alternância Democrática (Madem) pelos delegados ao primeiro congresso extraordinário, Hadja Satu Camará Pinto realçou que o mais importante de tudo é o respeito às leis internas do partido e o seguimento das resoluções saídas do congresso extraordinário.
Na sua curta declaração que encerrou os trabalhos, destacou a coesão interna do Madem, a capacidade de ultrapassar as divergências e convivência harmoniosa entre militantes e dirigentes do país como pressupostos que levaram à realização da reunião magna extraordinária.
“Felicito a mesa do congresso, as diferentes comissões que tornaram o nosso congresso realizável, com base nos fundamentos apresentados. O mais importante de tudo é o respeito aos estatutos do partido e o seguimento, na íntegra, de todas as resoluções saídas desta reunião e que aprovamos como nossos instrumentos de orientação”, advertiu.
Um dos argumentos apresentados foi a salvaguarda do partido da fragmentação, da desunião, da falta de diálogo, promoção da coesão interna e o aprofundamento da sua democratização, isso atendendo às razões que levaram a sua criação, nomeadamente a luta contra a injustiça, intolerância e nepotismo, pela liberdade de expressão e democracia, que, segundo os dirigentes inconformados não compadece com a gestão de que o partido tem sofrido.
Os dirigentes de costas voltadas à direção superior liderada por Braima Camará consideram de “incoerentes” as declarações de Braima Camará, até aqui Coordenador Nacional, e os sucessivos e recorrentes desvios da sua linha estratégica que conduziram o partido a uma crise sem precedentes e porque também a atual situação poderá conduzir o partido a uma “pesada derrota” eleitoral, com consequências nefastas para a sua afirmação enquanto partido com vocação de governação e a degradação institucional do Madem-G 15, bem como das suas estruturas.
Por: Filomeno Sambú
