O diretor do projeto Melhoria do Rendimento Escolar e Económica nas Comunidades Educativas na Guiné-Bissau (MeREECE), Aruna Mané, destacou que, depois da implementação do projeto nas regiões alvo do projeto, houve um crescimento significativo de alunos com capacidade de ler e escrever, bem como a capacidade de reforço dos professores aumentou.
Aruna Mané falava esta terça-feira, 27 de agosto de 2024, na cerimónia de abertura dos trabalhos de Workshop de apresentação dos resultados da primeira fase do projeto.
O projeto, implementado pelo CRS-CATHOLIC RELIEF SERVICES, foi financiado pelo programa Internacional para Alimentação Escolar e Nutrição das Crianças.
O MeREECE, que está na sua fase final, teve o início em 2019 e cobre 350 escolas do pré-escolar e o ensino básico nas cinco regiões do país, nomeadamente Bafatá, Gabú, Oio, Cacheu e Quínara, beneficiando cerca de 197 mil participantes entre crianças, alunos e membros das comunidades.
De acordo com a explicação do diretor do projeto, no início da sua implementação, tinham uma de 16% de aumento da taxa de matrículas, aproximadamente 78 mil alunos nas 350 escolas e já no final do projeto têm mais de 93 mil crianças que corresponde a um aumento de 20 mil crianças.
Aruna Mané enfatizou que o balanço do projeto foi positivo na medida em que atingiu os objetivos definidos em diferentes indicadores, em que aumentou não só o número dos alunos, mas também permitiu a permanência nas escolas.
Mané assegurou que o projeto reforçou a capacidade dos professores, o que refletiu na qualidade do ensino.
Por sua vez, o Secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica, Djibril Djaló, realçou a importância do papel da CRS na implementação do programa da cantina escolar na Guiné-Bissau e também pela iniciativa de realizar o workshop de apresentação dos resultados da primeira fase do projeto.
O governante enalteceu, na sua intervenção, que os programas de alimentação escolar são mais do que apenas um meio de fornecer uma refeição, mas também são catalisadores do desenvolvimento educacional, pois “oferecem soluções tangíveis” para várias barreiras que afetam a capacidade de aprendizagem dos alunos.
“Este apoio é crucial para dar tempo ao governo guineense e permitir criar condições técnicas e financeiras para o desenvolvimento das cantinas escolares”, precisou.
Djibril Djaló destacou, entre outras vantagens do projeto, a capacidade inclusiva em reduzir desigualdades de género ou da localização geográfica das crianças, promovendo uma mudança na valorização das escolas pela comunidade.
O governante defendeu no seu discurso que investir em programas de alimentação escolar é investir no futuro das crianças e no futuro da Guiné-Bissau, tendo afirmado que quando as crianças estão bem nutridas, são mais atentas, empenhadas e têm mais probabilidades de terem sucesso nos estudos.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
