O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, advertiu esta quarta-feira, 28 de agosto de 2024, que a sua geração não pode ser hipócrita com os combatentes da liberdade da pátria, mas sim devem tratá-los com tanto carinho e muita atenção e não gritar viva combatentes sem fazer nada.
Adiantou que políticos seniores existentes no país são poucos que têm a mesma trajectória como ele que iniciou a sua carreira no setor mais privilegiado da nação que é a defesa e segurança, assim o seu comprometimento com a Guiné-Bissau deve ser impar e não igual aos outros.
O Chefe de Estado falava aos jornalistas após ter visitado as instalações do Ministério de Combatente da Liberdade da Pátria para saber do seu funcionamento, no qual disse que na remodelação governamental, decidiu colocar naquela pasta uma pessoa que é combatente da liberdade da pátria para fazer face a desafios dos combatentes, enquanto alguém que participou na luta de libertação nacional, razão pela qual iniciou a visita naquele ministério, devido a sua importância na história da nação guineense.
Umaro Sissoco Embaló informou que a Guiné-Bissau não tem nada que produzir e explorar, e enfrenta enormes problemas financeiros, por isso alguns combatentes da liberdade da pátria continuam a recebendo 30 mil francos CFA como pensão. Acrescentou que as pessoas devem ser mais sérias quando abordam assuntos dos combatentes, porque ninguém participou na luta de libertação nacional para depois trazer factura para cobrar a nação, mas devem ser tratados ainda melhor, sobretudo no momento em que os seus camaradas estavam no destino do país. Garantiu que vai usar a sua influência junto do governo para resolver problemas constatados no terreno.
“Também vamos falar com o governo português no sentido de poder resolver o problema dos combatentes portugueses que na altura lutaram ao lado deles, porque é um direito que têm. Já solicitei ao ministro da área para fazer uma reunião com os combatentes e transmitir-lhes que o governo está a pensar seriamente nos seus assuntos para poder ultrapassar todos os constrangimentos ”, sublinhou.
Questionado sobre como está a situação do valor de 150 mil francos CFA de pensão aos combatentes fixado pela Assembleia Nacional Popular, Sissoco Embaló, disse que não é correto fazer algo de género sem no entanto regularizar a situação dos combatentes.
Adiantou que só na Guiné-Bissau que é possível ver um combatente da liberdade da pátria com 55 anos ou seja a pessoa tinha quatro anos de idade antes da independência nacional, de maneira que é preciso fazer um trabalho profundo para resolver aquela situação e criar condições para os verdadeiros combatentes da liberdade da pátria.
Por seu lado, o novo ministro dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Aly Hijazy, disse que a presença do Chefe de Estado naquele ministério é uma motivação para elevar o nível da situação social dos combatentes da liberdade da pátria. Acrescentou que quer deixar um legado histórico naquele ministério para os combatentes, porque 11 anos de luta de libertação, todos os setores produtivos do país voltaram à estaca zero, por isso é preciso trabalhar para que haja o desenvolvimento, aumentando o produto interno bruto e melhorar o nível de vida dos cidadãos.
Por: Aguinaldo Ampa
