Editorial: PRODUTOS DE “AKAZUS” RUANDÊS NOS PARTIDOS POLÍTICOS

Os estudos de conceção da escuta e da captação da voz dos lideres e dos militantes dos partidos políticos nacional alertam que há uma espécie de produto de “AKAZUS” ruandês na política democrática da liderança dos partidos políticos legalmente constituídos na Guiné-Bissau. O que torna hoje difícil os lideres partidários construir um imaginário coletivo democrático que garante, no nosso país. uma vida comum a todos cidadãos autónomos e independentes que interagem e comunicam independentemente da sua pertença étnica.

Por este motivo é urgente e necessário combater o produto de AKAZUS ruandês na liderança dos partidos políticos legalmente constituídos na Guiné-Bissau. Os partidos políticos deveriam ser, no nosso imaginário coletivo democrático, as instituições que trazem oconsenso e a perfeita igualdade na nossa sociedade democrática. O nosso imaginário coletivo democrático deveria ser um espaço nacional de conflito saudável de ideias de todos os lideres dos partidos políticos. O que estabeleceria, no país, o verdadeiro debate e o diálogo nacional para a resolução, de forma democrática, de problemas comuns da nossa sociedade.

Os líderes dos partidos políticos nacionais devemestabelecer, no nosso Imaginário Coletivo, o produto de “AKAZUS” ruandês. Diante disso, no imaginário coletivo democrático nacional, quanto maior for a heterogeneidade de interesses, de valores, de formas de pensar e de agir dos lideres partidários maior será também a sua capacidade de estabelecer a convivência entre os cidadãos de diferentes partidos políticos que partilham a vida no nosso espaço público.

Um dos componentes essenciais de um imaginário coletivo democrático da nossa Guiné-Bissau é, sem margem para dúvida, o poder de comunicação dos lideres partidários. A comunicação dos lideres dos partidos políticos nacionais sem produto de “AKAZUS” ruandês garantiria a legitimidade das diferenças individuais e de estar juntos no mesmo imaginário coletivo democrático nacional. Ou seja, tornaria público e democrático os conflitos saudáveis de ideias de todos os lideres partidários sem “AKAZUS” ruandês. Em suma, iriam colocar em julgamento as ideias de todos cidadãos e as caraterísticas individuais de todos os lideres dos partidos políticos nacionais.

Esse clima de “AKAZUS” ruandês que reina hoje nas lideranças dos partidos políticos nacional, transformou, o nosso país, numa espécie de um barril de pólvora que um dia poderá deflagrar com consequências imprevisíveis para o país. Infelizmente a comunidade internacional continua a tratar e acompanhar a distância a evolução da situação de “AKAZUS” ruandês na política partidária do nosso país, sob alegação que “o Estado de Direito se faz através do diálogo” e de convivência democrática com a participação de todos cidadãos.

Todavia, é preciso salientar que os estudos da conceção da escuta e da captação da voz dos lideres e dos militantes dos partidos políticos nacionais mostram que existem hoje, no nosso país, uma espécie de novos “AKAZUS” ruandês que estão inequivocamente a exaltar o discurso de ódio de caris-Étnico e tribal no nosso imaginário coletivo democrático partidário.

A Comunidade internacional, como sempre, fechou outra vez os olhos a espera de um cenário semelhante à da guerra de sete de junho de 1998 que destruiu todo o tecido social do imaginário coletivo da democracia revolucionária que Amílcar Cabral estabelecera no Congresso de Cassaca durante a Luta Armada da Libertação Nacional.

Por: Drº António Nhaga

Diretor Geral

angloria.nhaga@gmail.com

Author: O DEMOCRATA

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