O Secretário Nacional da Convergência Nacional para a Liberdade e o Desenvolvimento (COLIDE-GB), Vasco Biaguê, afirmou esta quinta-feira, 05 de setembro de 2024, que o conceito de Estado social democrático e de direito não existe no país, porque “há muitos anos não tem havido um investimento sério nos setores da saúde, da educação, da infância e na promoção da juventude.
“Os políticos falharam. Não houve a suficiência das aspirações básicas da população”, criticou.
Vasco Biaguê fez essas observações durante a entrega de donativos ao maior centro hospital do país, o Hospital Nacional Simão Mendes, destinados aos serviços da maternidade e da pediatria.
A ajuda contém fraldas descartáveis, lixívia, luvas, máscaras e sabão em pó, no quadro do aniversário do partido.
“Os políticos discutem e preocupam-se em saber quem são os gladiadores na arena do poder, mas esquecem o essencial: a realização e satisfação das necessidades e aspirações da população”, insistiu.
Frisou que os dirigentes do partido estão cientes das dificuldade e que vão continuar a lutar para a construção de uma nova Guiné, baseado-se na observância da lei, da Constituição, dando lugar para poder político atuar na promoção dos direitos dos cidadãos e resolver os seus interesses e aspirações.
Vasco Biaguê afirmou que a COLIDE-GB condena e repudia os políticos que fazem do exercício do poder público um ato de benefício pessoal, anunciando que nas próximas semanas o partido reunir-se-á com os sindicatos dos setores sociais, com o enfoque na proibição de exercício da liberdade de reuniões, de manifestações e de opinião.
“Vamos igualmente reunir com os sindicatos do setor da justiça para trazer a olho nu a fragilidade no sistema judicial que se encontra num estado de degradação total. Não se pode falar de uma justiça verdadeira no país, a população está órfã da justiça”, sublinhou e defendeu que é preciso fazer uma ação, um posicionamento firme, seguido de ações concretas que possam resultar em soluções consentâneas.
“Uma justiça forte é pilar essencial de qualquer Estado de direito democrático”, acrescentou.
Por seu lado, os diretores dos dois serviços, da maternidade e da pediatria mostraram-se satisfeitos com o donativo.
Dizem acreditar que mais tarde ou mais cedo o governo colocará o setor da saúde como um dos objetivos principais da sua governação e prometeram fazer o bom uso dos materiais recebidos.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N